Cirurgia26 fevereiro 2024
Cremesp alerta para aplicação inadequada do PMMA em procedimentos estéticos
Recentemente, uma influencer perdeu o lábio superior após procedimento para preenchimento com polimetilmetacrilato (PMMA)
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), publicou uma nota de repúdio ao uso inadequado do polimetilmetacrilato, conhecido como PMMA, utilizado no preenchimento permanente, em procedimentos estéticos.
Em publicação realizada no site oficial, o órgão regulador da prática médica no Estado reiterou que a aplicação inadequada da substância no organismo pode causar diversas complicações, como hipercalcemia grave e lesão renal crônica, inflamações, formações de nódulos, necroses e, inclusive, o óbito do paciente.
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Uso específico
Conforme as diretrizes da Anvisa e do Ministério da Saúde, o polímero pode ser administrado em casos específicos, como para correção de lipodistrofias, além de pequenas irregularidades em outras partes do corpo, desde respeitada a dosagem recomendada e limites de aplicações. No entanto, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) mantém uma postura mais conservadora e não recomendam o uso de polimetilmetacrilato (PMMA) para fins estéticos.Histórico
Em 2017, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica começou a registrar as sequelas causadas por implantes de polimetilmetacrilato devido ao aumento das complicações. No ano anterior, haviam sido realizadas 4.432 cirurgias plásticas para correção de problemas resultantes da aplicação de polimetilmetacrilato (PMMA). O total de complicações foi de mais de 17 mil casos registrados em todo o país no mesmo ano. Recentemente, foi noticiado o caso de uma balconista e influencer do interior de São Paulo que precisou retirar o lábio superior após sofrer inflamação, meses após aplicação do polímero como parte de uma harmonização facial. O Cremesp alerta sobre a aplicação indiscriminada do polimetilmetacrilato (PMMA) e reforça que medidas cabíveis serão tomadas em relação aos profissionais que utilizam a substância irregularmente na realização de procedimentos. Leia ainda: Estratificação de risco e profilaxia de TEV em cirurgia plásticaAnúncio
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