Há divergências sobre o tempo (de duas a 12 semanas) e tipo de imobilização (rígida ou semirrígida) e necessidade de terapia de mão no pós-operatório. Uma revisão sistemática anterior concluiu que a recuperação ativa precoce (imobilização curta, início precoce da ADM e exercícios de força) proporcionou resultados positivos para aqueles submetidos à artroplastia da CMC.
Entretanto, a maioria desses estudos anteriores recuperaram seus dados principalmente de trabalhos que foram focados em técnicas cirúrgicas, com regimes de cuidados pós-operatórios extraídos secundariamente. Foi publicada no último mês no Journal of Hand Surgery Global Online uma revisão sistemática com o objetivo de fornecer uma atualização da literatura mais recente sobre cuidados após artroplastia da CMC.
Métodos
Foram pesquisados no PubMed, Cochrane, Science Direct e Google Acadêmico uma combinação de termos de pesquisa relacionados à artroplastia CMC.
A busca inicial rendeu 3.899 resultados. Foram encontradas duas revisões sistemáticas, juntamente com cinco estudos que testaram especificamente as variáveis desejadas de duração e tipo de imobilização após artroplastia CMC. Três pesquisas relevantes também foram encontradas.
Resultados
Usando o Oxford Centre for Evidence-Based Medicine Level of Evidence guidelines, foram encontradas evidências de qualidade moderada de que não há benefício adicional para imobilização gessada prolongada (acima de seis semanas); e (2) uma órtese semirrígida funciona como bem como uma órtese rígida.
Demonstrou-se uma falta de evidência em relação à terapia formal versus nenhuma terapia, e uma falta de evidência comparando regimes de terapia. Ao analisar os dados da pesquisa, encontrou-se uma grande variação na prática entre cirurgiões e terapeutas.
Conclusão
Tempos de imobilização mais longos (acima de seis semanas) e dispositivos ortopédicos rígidos não fornecem vantagem sobre a mobilização precoce e dispositivos ortopédicos semirrígidos. Faltam evidências para o uso de terapia formal da mão ou qualquer protocolo de reabilitação específico. De toda forma, as práticas atuais nessas áreas variam amplamente entre os cirurgiões de mão.
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