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Carreira10 dezembro 2025

Desconstruindo para construir: metodologia disruptiva na medicina

Concepção e mudanças na metodologia de ensino na Pós 2.0 da Afya
Por Redação Afya

A pós-graduação médica está diante de uma transformação estrutural. A Afya, referência nacional em educação médica, apresenta a Pós-Graduação 2.0, um modelo que rompe paradigmas e inaugura uma nova era no processo de ensino e aprendizagem médico no país.

Baseada em princípios andragógicos e em uma epistemologia rizomática, que reconhece o conhecimento como rede viva, a proposta combina ciência, prática clínica e reflexão ética em um formato verdadeiramente disruptivo.

Protagonista da própria formação

Para o Prof. Marcelo Generoso, Coordenador da Pós-graduação em Psiquiatria e um dos responsáveis pela implementação acadêmica do modelo, a mudança parte de um entendimento essencial: o médico formado não é uma folha em branco. “O médico que chega à pós-graduação já traz uma bagagem riquíssima de experiências, decisões e dúvidas reais. O papel do professor deixa de ser o de simplesmente transmitir conteúdo para se tornar o de facilitar processos de construção de sentido, ajudando o profissional a transformar informação em competência clínica aplicável”, afirma.

O novo modelo nasce do diálogo entre duas tradições complementares: a andragogia, de Malcolm Knowles, e a cartografia do conhecimento, inspirada nas obras dos filósofos Gilles Deleuze e Félix Guattari. Se a primeira reconhece a autonomia e a experiência prévia do aprendiz adulto, a segunda propõe um aprendizado não linear, rizomático e transbordado, no qual cada médico constrói sua própria trilha de evolução.

Essa integração redefine completamente o modo de aprender e ensinar na medicina.

Metodologia rizomática: da teoria à prática viva

A Pós 2.0 se enraíza em um sistema interativo e prático, estruturado em três ambientes complementares: plataforma digital, sala de aula dinâmica e prática clínica supervisionada.

Os chamados “gatilhos de aprendizagem” – vídeos de conteúdos focais, podcasts, fóruns, documentários, BioAtlas e casos clínicos – estimulam reflexões prévias e insights individuais antes mesmos dos encontros presenciais. Na sala de aula, o formato dinâmico visa uma arena de discussão de ideias e construção de um raciocínio crítico coletivo. E, na prática clínica, o conhecimento se transforma e consolida em competências para a prática real junto ao paciente.

De acordo com o gestor educacional Rodrigo Ladeira, Gerente de Ensino da Afya Educação Continuada e um dos idealizadores centrais da Pós 2.0, o propósito é “Direcionar o médico na vanguarda da própria jornada formativa, oferecendo autonomia e protagonismo genuínos”. Para ele, a metodologia rizomática, organizada em platôs de aprendizado interligados, “valoriza a curiosidade, o diálogo e a troca de experiências, permitindo que cada profissional percorra um caminho singular, mas sempre conectado a um propósito maior: aprimorar suas competências clínicas e sua consciência ética”.

O novo modelo de pós-graduação enfatiza ainda mais a importância da prática clínica e reforça o compromisso da Afya com a formação integrada e capaz de preparar o médico para os dilemas e ambiguidades da prática cotidiana.

Para Ladeira, essa transformação representa mais do que um redesenho pedagógico: trata-se de uma mudança de paradigma sobre o que significa aprender Medicina no século XXI. “Nós não queremos apenas formar especialistas com excelência técnica, mas também profissionais mais conscientes de si como indivíduos, capazes de pensar criticamente, agir com autonomia e dialogar com a complexidade da vida real”, destaca.

Revolução filosófica na educação médica

A plataforma digital, por sua vez, funciona como um ecossistema integrado com o projeto andragógico de aprendizagem contínua. O aluno tem acesso livre a todo o acervo de conteúdo, podendo revisitar temas, seguir trilhas personalizadas e integrar teoria e prática conforme suas do dia a dia. “O que muda não é só o formato, é a lógica. Não estamos mais diante de uma sequência linear de conteúdo, e sim de um campo de experiências interligadas que se se catalisam mutuamente”, explica Generoso.

Para Ladeira, essa ruptura é mais do que tecnológica: é filosófica. “Quando pensamos a educação médica como um território vivo, entendemos que aprender é também se transformar. O conhecimento médico não é apenas o que o profissional sabe fazer, mas quem ele se torna durante e após esse processo”, resume.

Com a Pós 2.0, a Afya propõe um marco inédito na educação médica brasileira – um movimento de desconstrução consciente, que abre espaço para uma aprendizagem mais livre, crítica e humanizada. Em vez de transmitir respostas prontas, o novo modelo convida cada médico a reconhecer, questionar e reconstruir seus conhecimentos e sua prática clínica, construindo, junto com seus pares, o futuro da medicina.

Autoria

Foto de Redação Afya

Redação Afya

Produção realizada por jornalistas da Afya, em colaboração com a equipe de editores médicos.

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