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Em novo estudo japonês publicado no Circulation e apresentado no American Heart Association 2017 Scientific Sessions, pesquisadores analisaram se comer muito rápido pode estar associado à síndrome metabólica e obesidade.
Para isso, foram avaliados 1.083 indivíduos (642 do sexo masculino, 441 do sexo feminino; idade média de 51,2 anos) submetidos à programas de avaliação da saúde entre 2008 e 2013 e que não apresentavam síndrome metabólica no baseline.
Os participantes foram divididos em três categorias em relação à velocidade alimentar: lenta, normal e rápida. Informações sobre comportamentos alimentares, atividade física e histórico médico foram obtidos por meio de um questionário. O ganho de peso foi definido como “10 kg a mais” em relação ao peso aos 20 anos.
Durante o follow-up de cinco anos, 84 pessoas foram diagnosticadas com síndrome metabólica. As taxas de incidência entre os participantes que se alimentavam de maneira lenta, normal e rápida foram de 2,3, 6,5 e 11,6%, respectivamente.
A taxa de risco para a incidência de síndrome metabólica no grupo de alimentação rápida foi de 1,89 (IC de 95%: 1,21 a 2,98; p < 0,05) em comparação com o grupo normal, e 5,49 (IC de 95%: 1,30 a 23,3; p < 0,05) em comparação ao grupo lento. A velocidade de consumo foi correlacionada ao aumento de peso, triglicerídeos e HDL-C.
A análise logística multivariada revelou que esses fatores (ganho de peso,triglicerídeos e HDL-C) foram associados à incidência cumulativa de síndrome metabólica.
Pelos achados, os autores concluíram que comer muito rápido pode promover síndrome metabólica e obesidade. Consequentemente, comer devagar pode ser um fator crucial para prevenir a síndrome.
Veja também: ‘Tratamento da obesidade na atenção primária: o que precisamos saber’
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referências:
- Abstract 20249: Slow Down, You Eat Too Fast: Fast Eating Associate With Obesity and Future Prevalence of Metabolic Syndrome. Takayuki Yamaji, Shinsuke Mikami, Hiroshi Kobatake, Koichi Tanaka, Yukihito Higashi and Yasuki Kihara. Circulation. 2017;136:A20249, originally published November 11, 2017
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