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Cardiologia17 julho 2017

Vale a pena estratificar a síndrome coronariana aguda de baixo risco?

Essa hipótese foi testada em um novo estudo, publicado no JAMA Internal Medicine. Veja aqui os resultados.

Por Vanessa Thees

Em um novo estudo, publicado no JAMA Internal Medicine, pesquisadores realizaram uma análise para determinar se exames de imagem não-invasivos ou a angiografia coronária estão associados com alterações nas taxas de revascularização coronariana ou infarto agudo do miocárdio (IAM) em pacientes que apresentam à emergência com dor torácica de baixo risco.

Para isso, a análise de coorte retrospectiva utilizou dados de um banco nacional com um total de 926.633 pacientes, de 18 a 64 anos (57,9% mulheres), com dor torácica e sem diagnóstico inicial de isquemia aguda.

Os pacientes que fizeram exames (224.973) tiveram maior risco no baseline e apresentaram maior risco de admissão por IAM, em comparação com os que não receberam teste (701.660) (0,35% vs 0,14% aos 30 dias).

Após o ajuste para fatores de risco, o exame em 30 dias foi associado a um aumento significativo em angiografia coronariana (36,5 por 1.000 pacientes testados, IC de 95%, 21,0-52,0) e revascularização (22,8 por 1.000 pacientes testados, IC de 95%, 10,6-35,0) em 1 ano, mas não houve alteração significativa nas admissões por IAM (7,8 por 1.000 pacientes testados, IC de 95%, -1,4 a 17,0). O exame em 2 dias também foi associado a um aumento significativo na revascularização coronária, mas sem diferenças nas admissões por IAM.

Pelos resultados, os pesquisadores concluíram que a realização de exames em pacientes com dor torácica foi associado com um aumento em procedimentos desnecessários, sem benefícios adicionais.

Referências:

  • Sandhu AT et al. Cardiovascular testing and clinical outcomes in emergency department patients with chest pain. JAMA Intern Med 2017 Jun 26; [e-pub]. (https://dx.doi.org/10.1001/jamainternmed.2017.2432)

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