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Cardiologia19 julho 2019

Uso do PET-CT para rastreio do câncer em pacientes com TVP

Estudo recente trouxe informações sobre o uso do PET-CT. Essa modalidade apresenta alta sensibilidade para identificar focos de neoplasia maligna.

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A tríade de Virchow para trombose venosa é formada por hipercoagulabilidade, lesão endotelial e estase sanguínea. Em um paciente com trombose venosa profunda (TVP), é necessário que o médico tente identificar a causa. Para a maioria dos pacientes, cirurgia, trauma e imobilização são fatores facilmente identificáveis. Contudo, há casos onde a investigação inicial é negativa, e a hipótese de paraneoplasia deve ser buscada. A TVP pode ocorrer concomitante a um tumor maligno ou preceder o seu aparecimento em anos! O exemplo mais comum na sala de aula é a síndrome de Trousseau e o câncer de pâncreas. 

Essa relação TVP-câncer é maior quanto mais idoso o paciente. A dúvida que existe é até onde ir na investigação. A maior parte dos autores recomenda:

Investigação mínima:

  • Hemograma, VHS, bioquímica, cálcio, hepatograma, EAS;
  • Rx tórax;
  • Toque retal ou exame ginecológico;
  • Screening de câncer recomendado para faixa etária.

Quando ir além?

  • Trombose portal ou hepática;
  • Trombose arterial não explicada;
  • Trombose recorrente;
  • Trombose esplâncnica e/ou cerebral.

Um estudo recente trouxe informações sobre o uso do PET-CT. Essa modalidade apresenta alta sensibilidade para identificar focos de neoplasia maligna, mas baixa especificidade, com riscos de falso positivo em processos inflamatórios e infecciosos.

Na pesquisa, 99 pacientes com TVP sem causa aparente e mais de 50 anos de idade foram avaliados com PET-CT de corpo inteiro e acompanhados por 2 anos. Cerca de 30% apresentaram resultado positivo, mas em apenas ⅓ deles uma neoplasia maligna foi identificada.

Com isso, o valor preditivo positivo do exame foi de 22,6%, mas o valor preditivo negativo foi 97%! O estudo também avaliou marcadores de hipercoagulabilidade, e identificou que a atividade do fator tecidual sérico (TF, tissue factor activity) pode ser um preditor do paciente que mais se beneficiaria do PET-CT.

 

Referências:

  • https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/ijc.28229

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