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Cardiologia24 setembro 2024

Empagliflozina e linagliptina: discussão de caso

Tratamento para controle glicêmico e proteção cardiovascular.

Este conteúdo foi produzido pela Afya em parceria com Boehringer Ingelheim de acordo com a Política Editorial e de Publicidade do Portal Afya.

Caso clínico:

MSFT, 68 anos, sexo feminino, contadora aposentada, vem para consulta de endocrinologia de rotina com queixa de fadiga persistente e dispneia ao realizar exercício físico de intensidade leve a moderada. Possui antecedente de diabetes mellitus tipo 2 há 15 anos, hipertensão arterial, dislipidemia e doença renal crônica no estágio 3. Atualmente está em uso de:

  • Metformina 1.000 mg, 2 vezes por dia;
  • Enalapril 10 mg, 2 vezes por dia;
  • Atorvastatina 40 mg, 1 vez por dia;
  • Anlodipino 10 mg, 1 vez por dia.

Exame físico:

  • Peso: 58 kg. altura: 1,58 m. índice de massa corporal: 23,2 kg/m²;
  • Sinais vitais: pressão arterial: 100/76 mmHg; frequência cardíaca: 58 bpm;
  • Exame cardíaco: bulhas cardíacas rítmicas, sem sopros;
  • Exame pulmonar: murmúrio vesicular presente, sem ruídos adventícios;
  • Extremidades: sem edemas, pulsos cheios e simétricos, boa perfusão periférica.

Exames laboratoriais:

  • HbA1c: 8,5%;
  • Glicemia de jejum: 170 mg/dL;
  • Creatinina: 1,1 mg/dL;.
  • TFGe: 55 mL/min/1,73 m²;
  • Colesterol total: 164 mg/dL;
  • LDL: 78 mg/dL;
  • HDL: 50 mg/dL;
  • Triglicerídeos: 180 mg/dL.
HBA1C: Hemoglobina glicada; TFGe: taxa de filtração glomerular estimada; LDL: lipoproteína de baixa densidade; HDL: lipoproteína e alta densidade.

 

Diagnóstico:

  1. Diabetes mellitus tipo 2 mal controlado.
  2. Doença renal crônica no estágio 3a.
  3. Hipertensão arterial sistêmica.
  4. Dislipidemia.

Conduta:

  1. Diante da necessidade de melhorar o controle glicêmico em paciente com queixa de fadiga e dispneia, a endocrinologista suspeita de insuficiência cardíaca.
  2. Solicita um ecocardiograma transtorácico, assim como a dosagem de NT-próBPN, e encaminha para acompanhamento conjunto com a cardiologia.
  3. Como medicação para controle glicêmico, inicia a combinação de empagliflozina + linagliptina 25/5 mg, 1 vez ao dia.

Justificativa para uso de empagliflozina + linagliptina (25 + 5 mg):

O HbA1c de 8,5% indica um controle glicêmico inadequado com a metformina. Aos 68 anos, apesar da suspeita de insuficiência cardíaca, a paciente apresenta estado cognitivo preservado e até o momento não há identificação de comorbidades graves com limitação funcional importante, assim podemos ter como alvo uma HbA1c abaixo de 7,5%.1 A combinação de empagliflozina e linagliptina proporciona um controle glicêmico que pode reduzir a HbA1c em aproximadamente 1,2% a 1,8%, quando utilizada em pacientes que já tomavam metformina em dose otimizada, que é o perfil da nossa paciente.2,3,4

Além disso, a empagliflozina demonstrou reduzir significativamente o risco de morte cardiovascular e hospitalização por insuficiência cardíaca em pacientes com diabetes tipo 2 e doença cardiovascular, além de também oferecer benefícios renais, retardando a progressão da doença renal, o que é fundamental para esta paciente.5,6

Uma metanálise publicada no início do ano avaliou pacientes com mais de 65 anos, diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e insuficiência cardíaca com o objetivo de esclarecer os benefícios cardiometabólicos e renais dos inibidores de SGLT2 em pacientes idosos ou frágeis. Houve redução de 20% do risco relativo de morte por causa cardíaca no grupo de uso de inibidores de SGLT2, além de redução de 31% no risco relativo de hospitalização por insuficiência cardíaca nesse grupo. Assim, o estudo confirmou que os efeitos de proteção cardíaca se estendem aos pacientes idosos e frágeis, que muitas vezes não são contemplados em estudos.7

Outra metanálise recente avaliou complicações micro e macrovasculares em adultos portadores de DM2, com idade média de 60–69 anos. Os participantes foram alocados em grupos de uso de inibidores de SGL2, análogos de GLP1, inibidores de DPP4 ou placebo. Em relação aos inibidores de SGLT2, houve redução de 44% no risco do desfecho composto de 40% de diminuição da TFGe, doença renal terminal e morte por causas renais. Além disso, o estudo confirma a redução de 23% no risco de morte cardiovascular ou de hospitalização por insuficiência cardíaca com uso dessa classe.8

A escolha por empagliflozina + linagliptina também é sustentada pela necessidade de uma abordagem terapêutica com o perfil de segurança cardiovascular da linagliptina,9 associada a um baixo risco de  hipoglicemia,10 e que proporcione comodidade posológica, fatores críticos para melhorar a adesão ao tratamento em pacientes idosos com múltiplas comorbidades.2,3

Conclusão:

A escolha da empagliflozina + linagliptina é justificada pela sua capacidade de melhorar significativamente o controle glicêmico, contar com os efeitos conhecidos da empagliflozina na redução de riscos cardiovasculares e na proteção da função renal, em uma formulação que pode promover adesão ao tratamento.11-12

*Caso clínico fictício. Adaptado de histórico de outro paciente.

 

Informações do patrocinador:

Contraindicação: GLYXAMBI é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade à empagliflozina ou à linagliptina, ou a qualquer um dos excipientes da fórmula.

Interação Medicamentosa: Diuréticos: a empagliflozina pode aumentar o efeito diurético de tiazídicos e diuréticos de alça e pode aumentar o risco de desidratação e hipotensão.

Acesse minibula Glyxambi® (empagliflozina + linagliptina) aqui. Versão aprovada pela ANVISA em 12 de junho de 2024. Data de acesso: 20 de junho de 2024.

Material destinado exclusivamente a profissionais de saúde habilitados a prescrever e/ou dispensar medicamentos. PC-BR-110130. Setembro/2024.

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Referências bibliográficas

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