Doença de Chagas
– Para dar o diagnóstico na fase crônica o ideal é ter pelo menos 2 testes de metodologias diferentes positivos. As 3 opções principais são: ELISA, hemaglutinação indireta e imunofluorescência indireta.
– Após confirmação do diagnóstico através de sorologia, dev-se realizar no mínimo ECG, radiografia de tórax e anamnese dirigida para sintomas digestivos (constipação, disfagia, dispepsia, etc). Se ECG normal e paciente sem sintomas de TGI sugestivos – classifica-se como forma indeterminada e o mesmo deve ser seguido a cada 1-2 anos, realizando ECG nas visitas de retorno. Já para os pacientes com alterações de ECG sugestivas da forma cardíaca da doença de chagas – está indicado a realização de Holter de 24 hrs e de eco TT.
– Em todo paciente com a forma cardíaca da doença deve-se calcular o escore de Rassi para saber o prognóstico em 5 e 10 anos.
– O tratamento antiparasitário deve ser oferecido aos seguintes pacientes:
1- infecção aguda
2- Infecção congênita
3- Reativação da doença (ex: pcte com AIDS ou em uso de imunosupressores)
Nos seguintes pacientes o tratamento antiparasitário é contra-indicado:
1- Gestantes
2- Insuficiência renal importante
3- Insuficiência hepática importante
4- Cardiopatia chagásica avançada
5- Megaesôgafo com disfagia
– Medicação de primeira escolha – Benznidazole. Em adultos – 5 mg/kg/d 1xd durante 60 dias
– Nos outros casos (forma indeterminada, cardiopatia leve, esofagopatia leve, etc) o tratamento é controverso.
– A eficácia do tratamento antiparasitário em pacientes com cardiopatia chagásica leve/moderada está sendo avaliada no trial BENEFIT.
Referência: Rassi Jr A, Rassi A, Marin-Neto JA. Chagas disease. Lancet 2010; 375: 1388-1402
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