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Cardiologia27 setembro 2018

Piora da dispneia após introdução do betabloqueador na insuficiência cardíaca: o que fazer?

Paciente de 53 anos foi visto no ambulatório após IAM com supra de ST anterior reperfundido tardiamente. Assintomático no momento apesar de ter evoluído com dispneia durante a internação. Eco com FE 3…

Paciente de 53 anos foi visto no ambulatório após IAM com supra de ST anterior reperfundido tardiamente. Assintomático no momento apesar de ter evoluído com dispneia durante a internação. Eco com FE 35%. Recebeu alta em uso de rosuvastatina 20 mg.d, enalapril 5 mg 2xd, aas 100 mg.d e clopidogrel 75 mg.f. Não apresenta contraindicações a betabloqueadores. Exame físico sem sinais de congestão PA 132×80 mMHg FC 72 bpm. Introduzido succinato de metoprolol 25 mg.d. O paciente retornar após 1 semana referindo dispneia aos esforços habituais (CF 2). Diz ter relacionado início dos sintomas ao bbloq. Ao exame físico, ausência de sibilos. TJ presenta a 45 graus. Ausência de estertores finos. PA 126×78 FC 68.

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Para ver a resposta, veja abaixo:

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Resposta: manter bbloq e tentar contornar os sintomas com diurético ou aumentando o bbloq.

Os betabloqueadores são importantes medicações no tratamento da IC com fração de ejeção reduzida. Os benefícios destas medicações, contudo, podem demorar meses a acontecer e não é infrequente que o paciente reporte piora leve dos sintomas após o início de uma droga desta classe. O que fazer nestes casos? A nova diretriz de IC da SBC fala de forma categórica:

“Caso haja acentuação dos sintomas, ajuste de diuréticos e vasodilatadores deve ser tentada antes de se considerar a redução da dose ou suspensão do BB”

Portanto, neste caso, podemos considerar introduzir furosemida ou espironolactona e/ou aumentar a dose do enalapril. Normalmente estes ajustes finos são o suficiente para contornar os sintomas deflagrados pelo início do bbloq.

Referência: Comitê Coordenador da Diretriz de Insuficiência Cardíaca. Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda. Arq Bras Cardiol. 2018; 111(3):436-539

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