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Cardiologia12 novembro 2019

O que significa o sinal da “cereja no bolo” no ecocardiograma ?

Já ouviu falar no sinal da cereja do bolo (cherry on top no inglês) que pode ser vista no ecocardiograma com strain?Essa imagem é obtida através da técnica de Strain no ecocardiograma de portadores de…

Por Giordano Bruno

Já ouviu falar no sinal da cereja do bolo (cherry on top no inglês) que pode ser vista no ecocardiograma com strain?

Essa imagem é obtida através da técnica de Strain no ecocardiograma de portadores de miocardiopatia, em particular quando a espessura das paredes do ventrículo esquerdo encontram-se aumentada e o diagnóstico diferencial fica entre miocardiopatia hipertrófica (MCPH) e amiloidose.

Vários artigos já foram publicados demonstrando alterações segmentares do Strain de acordo com as condições que aumentam a espessura das paredes do ventrículo esquerdo. Estando normal em hipertrofia do atleta e na maior parte das hipertrofias por doença hipertensiva, sem um padrão definido mas com certa preferência septal na MCPH, mas em particular na amiloidose o envolvimento das porções medio-basais com normalidade da porção apical chama atenção: é o APICAL SPARRING, ou recentemente chamado de “cherry on the top”.

Um artigo comparando o padrão de strain em pacientes com amiloidose versus hipertrofia ventricular (MCPH e EAo), encontrou sensibilidade de 93% e especificidade de 82% quando o Strain relativo apical foi maior ou igual a 1.0 (média dos valores de strain apical dividido pela soma das médias do strain médio e basal).

Strain Relativo Apical = Média Strain Apical ÷ (Média Strain Basal + Média Strain Médio)

Exemplos de Strain de paciente com Amiloidose (acima) e MCPH (abaixo).

Com a necessidade de confirmações por outros estudos em séries maiores, este padrão “CEREJA DO BOLO” deve ser lembrado na triagem inicial de portadores de miocardiopatia para levantar a possibilidade de amiloidose cardíaca.

Referências:

Dan Liu. Longitudinal strain bull’s eye plot patterns in patients with cardiomyopathy and concentric left ventricular hypertrophy. Eur J Med Res. 2016; 21: 21.

Ternacle J. Causes and Consequences of Longitudinal LV Dysfunction Assessed by 2D Strain Echocardiography in Cardiac Amyloidosis. JACC Cardiovasc Imaging.2016 Feb;9(2):126-38Phelan D. Relative apical sparing of longitudinal strain using two-dimensional speckle-tracking echocardiography is both sensitive and specific for the diagnosis of cardiac amyloidosis. Heart. 2012;98(19):1442–1448.

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