Logotipo Afya

Produzido por

Anúncio
Cardiologia20 janeiro 2016

O que Fazer com Pacientes Multiarteriais com IAM com supradesnivelamento de ST? – Tratamento Completo x Lesão Culpada

Editorial recente publicado no European Heart Journal resumiu de forma mais clara e sistemática o que existe de evidência na literatura sobre o assunto. Dois estudos recentes (Culprit e PRAMI trials)…

Editorial recente publicado no European Heart Journal resumiu de forma mais clara e sistemática o que existe de evidência na literatura sobre o assunto.

Dois estudos recentes (Culprit e PRAMI trials) mostraram que o tratamento de todas as lesões coronarianas graves na mesma abordagem em pacientes hemodinamicamente estáveis com IAM com supradesnível de ST é superior à abordagem somente da artéria culpada, mostrando menores índices de reinfarto no seguimento e até mesmo de mortalidade em um desses trabalhos. Na mesma linha, metanálise recente apresentou dados seguindo o mesmo raciocínio e mostrando melhora nos desfechos com a abordagem completa.

Isso fez com que a diretriz americana de cardiologia mudasse sua recomendação de classe III para IIb no que se refere à possibilidade de tratamento de lesões não culpadas nesse grupo de pacientes.

No entanto, outro estudo recente não incluído na metanálise (PRAGUE-13) não mostrou benefício adicional no tratamento de artérias não culpadas, deixando mais uma vez em dúvida a conduta ideal a ser adotada.

No momento, o tratamento deve ser individualizado, pesando risco-benefício em termos de estabilidade clínica, complexidade e gravidade das lesões e disfunção ventricular. Além disso, o momento para abordagem também é questionado, sendo duvidoso se deve-se tratar em um mesmo procedimento ou de maneira estagiada.

Resumindo o que a literatura tem apresentado, os autores colocam um algoritmo de interpretação que segue abaixo (figura 1), mas que em breve deverá ser melhor esclarecido em outros trabalhos já em andamento.

 

Figura 1

Figura 1. Algoritmo de conduta em pacientes com IAM com supra e múltiplas lesões coronarianas.

 

Referência: Binder RK, et al. European Heart Journal (2016) 37, 217–220.

Autoria

Foto de Alexandre Soeiro

Alexandre Soeiro

Redator em cardiopapers

anuncio cardiopapers

Como você avalia este conteúdo?

Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.

Compartilhar artigo

Newsletter

Aproveite o benefício de manter-se atualizado sem esforço.

Anúncio

Leia também em Cardiologia