1- As medicações são aprovadas apenas para uso em pacientes agudos. Evitar uso em pacientes com coronariopata crônica.
Os estudos PLATO e TRITON avaliaram pacientes com síndrome coronariana aguda. O ticagrelor está sendo estudado em pacientes com DAC crônica mas os trabalhos ainda não foram publicados. Já o prasugrel foi estudado neste cenário no estudo TRIGGER-PCI o qual já revisamos aqui no site. Em resumo, o estudo avaliava o uso de prasugrel x clopdiogrel em pctes com coronariopatia crônica que eram submetidos à angioplastia eletiva. O trabalho foi interrompido no meio porque observou-se que a taxa de eventos isquêmicos era muito baixa nos 2 grupos e assim o prasugrel não estava mostrando nenhuma vantagem em diminuir risco em comparação com o clopidogrel. Vejam, não é que o prasugrel tenha causado mal mas também não teve vantagens. Assim sendo, paciente com coronariopatia crônica que vai fazer angioplastia = aas + clopidogrel, pelo menos por enquanto.
2- IAM com supra ST + trombolítico = clopidogrel! Não usar antiagregantes novos.
Os novos antiagregantes não foram estudados no contexto de trombólise em pctes com IAM com supra de ST. Assim, caso vá usar trombolítico como terapia de reperfusão em seu serviço, usar o bom e velho clopidogrel associado à terapia padrão (aas, heparina, etc).
Autoria

Eduardo Cavalcanti Lapa Santos
Editor-chefe e criador do site Cardiopapers; Especialista em Cardiologia pelo InCor-HCFMUSP; Especialista em Ecocardiografia pela SBC; Especialista em Clínica Médica pela SBCM; Doutor e mestre pelo Departamento de Cirurgia da UFPE; Preceptor das residências de cardiologia e Ecocardiografia do HC-UFPE.
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