Estudo realizado na Suécia investigou se o envio de desfibriladores externos automáticos (DEA) através de drones seria efetivo para ocorrências de paradas cardíacas longe de hospitais. A análise comparou os benefícios e velocidade da entrega do equipamento com o atendimento normal realizado por ambulância.
Método
O estudo observacional utilizou cinco drones equipados com o DEA cobrindo uma área de aproximadamente 200.000 habitantes. Os drones autônomos eram enviados ao mesmo tempo que as ambulâncias padrão em chamadas de paradas cardíacas.
Foram utilizados dados dos centros de atendimento de emergência, registros de ambulância, do Registro Sueco de Ressuscitação Cardiopulmonar e dos drones. Como desfechos principais foram definidos os casos em que os DEA entregues por drone chegaram antes das ambulância e a diferença de tempo média entre a entrega por drone e a chegada da ambulância.
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Também foram verificados o percentual de entregas por drone antes da chegada da ambulância e de casos de utilização do DEA entregues por drone nessas situações.
Achados
No período do estudo foram registrados 211 casos suspeitos de parada cardíaca e os drones foram acionados em 72 desses casos, tendo o DEA sido entregue com sucesso 81% das vezes, sendo que as entregas não realizadas foram em sua maioria por cancelamento do centro de envio.
Nos casos comparáveis o DEA foi entregue por drone antes da chegada da ambulância em 67% das vezes, com um tempo médio de 3min14s. Entre os casos de acionamento, em 18 foram constatadas paradas cardíacas, com o DEA entregue por drone sendo acoplado ao paciente seis vezes, e a desfibrilação sendo realizada por duas vezes antes da chegada da ambulância.
Não foram registrados eventos adversos e as entregas do drone eram feitas dentro de uma área de até 15 metros dos pacientes.
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Conclusão dos pesquisadores
Para os autores esse tipo de intervenção pode ser benéfico ao diminuir o tempo de colocação do DEA antes da chegada da ambulância, considerando que o equipamento chegou antes do veículo em dois terços dos casos analisados.
*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya.
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