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Cardiologia3 janeiro 2021

COVID-19: um ano depois, o que temos de evidências para combater esta doença?

Vacinas: Até o presente momento, as vacinas da Pfizer/BioNtech e Moderna mostraram eficácia superior a 90%. Outras vacinas estão com seus estudos de fase 3 ainda a caminho. Corticoide: Sem dúvida é…

  • Vacinas: Até o presente momento, as vacinas da Pfizer/BioNtech e Moderna mostraram eficácia superior a 90%. Outras vacinas estão com seus estudos de fase 3 ainda a caminho.
  • Corticoide: Sem dúvida é até o momento o grande tratamento capaz de mudar a história natural da doença. Redução de mortalidade comprovada em pacientes hospitalizados, sobretudo aqueles em ventilação mecânica. Em casos ambulatoriais, dados ainda escassos. Ideal aguardar novos estudos antes de se utilizar numa fase precoce.
  • Remdesivir: Benefício modesto em reduzir duração de sintomas em pacientes hospitalizados. Não houve redução de mortalidade ou taxa de intubação. Não disponível no Brasil.
  • Lopinavir/ritonavir, inteferon: Sem evidência de benefício nos estudos randomizados.
  • Inibidores da JAK: Classe de medicamentos capazes de bloquear a chamada “tempestade de citocinas”. O baricitinib levou a um modesto benefício em reduzir tempo de sintomas. Um estudo brasileiro (STOP COVID), com tofacitinib, uma molécula da mesma classe, está em andamento e deve trazer mais respostas sobre este potencial alvo terapêutico.
  • Plasma convalescente: Ainda uma promessa. Até agora um estudo argentino não mostrou benefício em pacientes críticos e um estudo chinês chegou perto, mas sem diferença significativa.
  • Anticoagulantes: Dose profilática sempre nos pacientes hospitalizados que não tenham contraindicação. Nos pacientes ambulatoriais, não fazemos a menor ideia se é benéfico ou não. Doses acima da profilática em internados só se TEP ou TVP confirmados, até que tenhamos resultados de novos estudos (lembrando que um estudo do NIH em pacientes intubados foi interrompido por malefício da dose alta versus dose profilática).
  • Tocilizumab: Sem evidência de benefício nos estudos randomizados (apesar de ter sido uma grande promessa no início da pandemia).
  • Hidroxicloroquina: Apesar de sugestões de efeito in vitro e relatos de caso ou estudos retrospectivos mostrando possível benefício, até o momento os estudos prospectivos e randomizados não mostraram qualquer efeito benéfico, seja em pacientes leves-moderados, seja em pacientes graves, ou mesmo em quimioprofilaxia.
  • Azitromicina: Sem evidência de benefício nos estudos randomizados. Utilizar somente se pneumonia bacteriana concomitante (juntamente com um beta-lactâmico).
  • Ivermectina: Nenhum estudo randomizado até agora. Utilizar somente dentro do contexto de pesquisa, como medicação experimental.
  • Nitazoxamida: Estudo randomizado brasileiro não mostrou benefício clínico, apesar de redução de carga viral.

Remo Holanda M. Furtado, MD, PhD

Clinical Trialist – Albert Einstein Academic Research Organization

Collaborating Professor – Sao Paulo University Medical School

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