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Segundo estudo divulgado na European Society of Cardiology (ESC), em pacientes com fibrilação atrial (FA) que vão se submeter ao procedimento de cardioversão, o tratamento com apixabana é superior ao tratamento com heparina/antagonistas da vitamina K (AVK).
Para esse estudo, denominado EMANATE, 1.500 pacientes (média de idade: 64 anos; escore CHA2DS 2-VASc: 2,4) foram randomizados para receber apixabana (na dose de 5 mg duas vezes ao dia) ou heparina/AVK (dose padrão).
Nenhum AVC foi registrado no grupo da apixabana versus seis AVC entre os participantes que receberam heparina/AVK (P=0.0164). Em relação a episódios hemorrágicos, ocorreram três casos de sangramento maior e 11 sangramentos clinicamente significativos entre os indivíduos tratados com apixabana versus seis e 13 no grupo heparina/AVK, respectivamente. Não foram observados embolias sistêmicas em nenhum dos grupos.
A apixabana também apresentou vantagem em relação à dosagem. Em pacientes que receberam apixabana, a cardioversão poderia ser realizada em 2 horas, já o grupo heparina/AVK demorou mais tempo para atingir um nível adequado de anticoagulação.
Segundo os autores, esse é o primeiro estudo que avalia a apixabana no contexto da cardioversão, e os achados apoiam a escolha do fármaco em pacientes com FA que serão submetidos à cardioversão.
Veja também: ‘Novos anticoagulantes orais: comparando as complicações’
*Esse artigo foi revisado pelo médico Eduardo Moura.
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