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A associação entre fibrilação atrial (FA) e demência já é bem documentada. Em novo estudo, publicado esse mês no European Heart Journal, pesquisadores investigaram se o tratamento com anticoagulante oral oferece proteção cognitiva ao paciente.
Para isso, foi realizado um estudo retrospectivo de 444.106 pacientes com diagnóstico hospitalar de FA e nenhum diagnóstico prévio de demência, na Suécia, entre 2006 e 2014. Mais de 40% dos participantes estavam usando anticoagulantes (varfarina) no início do estudo e 3% utilizavam novos anticoagulantes orais (NOAC). Durante o follow-up, cerca de 6% da coorte desenvolveu demência (1,73 diagnósticos por 100 pacientes-ano).
Veja também: ‘NOAC na prevenção da FA – um estudo de vida real’
Pacientes em tratamento com anticoagulantes no baseline foram associados com risco de demência 29% menor do que os pacientes sem tratamento anticoagulante [hazard ratio [HR] = 0,71, intervalos de confiança [IC] de 95%: 0,68 a 0,74] e 48% menor risco no tratamento ([HR] = 0,52, [IC] de 95%: 0,50 a 055). A comparação direta entre os NOAC e a varfarina não mostrou diferença ([HR] = 0,97, [IC] de 95%: 0,67 a 1,40).
Pelos resultados, os pesquisadores concluíram que o risco de demência em pacientes com FA é maior sem o tratamento com anticoagulantes orais, o que sugere que o início precoce da terapia pode ajudar a preservar a função cognitiva.
Leia o artigo completo nesse link.
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referências:
- Leif Friberg, Mårten Rosenqvist; Less dementia with oral anticoagulation in atrial fibrillation, European Heart Journal, , ehx579, https://doi.org/10.1093/eurheartj/ehx579
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