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Cardiologia6 março 2023

ACC 2023: TROPONIN-I-SENSOR avalia factilidade de exame sem coleta de sangue

Trial testou a factibilidade clínica do exame na prática e avaliar a performance do algoritmo do aparelho em detectar a elevação da toponona-I.

Já imaginou diagnóstico de infarto agudo do miocárdio por dosagem de troponina sem coleta de sangue? É o que o estudo TROPONIN-I-SENSOR veio nos apresentar. Através de um dispositivo espectroscópico infravermelho que é capaz de detectar níveis séricos de troponina via transdérmica. 

A avaliação de pacientes com dor torácica e possível infarto agudo do miocárdio (IAM) é um dos cenários mais comuns na sala de emergência, mas as etapas de diagnóstico são muitas vezes demoradas e caras. Um exame sem coleta de sangue, poderia facilitar e acelerar o diagnóstico, especialmente no ambiente pré-hospitalar em ambulâncias. 

Métodos

Este trial quis testar a factibilidade clínica do exame na prática e avaliar a performance do algoritmo do aparelho em detectar a elevação da toponona-I. Para isso, a coorte multicêntrica, de 239 pacientes com IAM confirmado internados em fase estável da doença foram avaliados usando dados bioquímicos e clínicos (ECG, ecocardiograma, troponina e angiografia) e os valores de troponinas séricas e transdérmicas foram dosados ao mesmo tempo e comparados. 

Métodos

O modelo ISS previu Troponina-I elevada com a área sob a curva de 0,89 (intervalo de confiança de 95% [IC], 0,71-0,99; sensibilidade, 0,89; especificidade, 0,97) e 0,92 (95% CI, 0,78-0,99; sensibilidade, 0,91; especificidade, 0,90) (Figura 1), para coortes de validação interna e externa, respectivamente. Além disso, uma previsão de Troponina-I elevada foi associada a anormalidades regionais do movimento da parede miocárdica (Odds Ratio [OR], 8,3; CI, 2,6-26,2; P=0,0003) e obstrução coronariana significativa (OR, 5.8; CI:1,4-23,3; P=0,01). 

Conclusão e mensagem prática

O uso de um ISS transdérmico para estimativa sem sangue de Troponina-I pode melhorar substancialmente o diagnóstico precoce e a estratificação de risco de pacientes com IAM. Entretanto, estudos maiores e com população mais diversa devem ser realizados antes de o método ser aprovado para uso. Destacou-se a possível influencia da concentração de melanina da pele no potencial de detecção, além de fatores mecânicos e saúde da pele. 

Autoria

Foto de Sara Del Vecchio Ziotti

Sara Del Vecchio Ziotti

Graduação em Medicina e Clínica médica pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo Cardiologia pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo

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