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Alergia e Imunologia11 abril 2024

Como fazer vínculos com o paciente e quando marcar retornos

Descubra uma maneira eficaz de fortalecer a relação médico-paciente e suas vantagens.
Por Mariana Stoll

Este conteúdo foi produzido pela Afya em parceria com GSK de acordo com a Política Editorial e de Publicidade do Portal Afya.

A consulta médica engloba a anamnese, o exame físico, a elaboração de hipóteses ou conclusões diagnósticas, a solicitação de exames complementares, quando necessários, e a prescrição. Se houver necessidade de exames complementares que não possam ser avaliados nesta mesma consulta, é solicitada a consulta de retorno1.

Retornos são obrigatórios?

Em quanto tempo é preciso reavaliar o paciente depois da primeira visita? Os sinais e sintomas que vão guiar o médico nessa tomada de decisão dependem da patologia envolvida. Em doenças agudas, o problema pode ser solucionado em consulta única e, muitas vezes, na emergência médica, não sendo necessárias consultas regulares de seguimento. Nas doenças crônicas, as consultas subsequentes são essenciais para sucesso no tratamento e remissão da doença. Para isso, é imprescindível estabelecer um ótimo vínculo com o paciente¹.

O conceito de qualidade e satisfação está relacionado a hábitos culturais, portanto, varia de local para local, e também é influenciado por características, como idade, sexo, escolaridade e situação econômica, que não estão diretamente relacionadas aos serviços de saúde prestados².

A satisfação do paciente pode ser compreendida em dimensões, como a ambiência. Por exemplo, ao chegar no consultório, é importante um ambiente aconchegante e organizado, mas utilizar a empatia e construir uma boa relação médico-paciente é a chave para iniciar um vínculo. O médico, além da habilidade técnica, precisa entender o contexto individual, adequar a prescrição e entender o estilo de vida da pessoa que recebe o cuidado².

Um bom exemplo de construção de vínculo são os pacientes com doenças crônicas. Imagine um paciente que vai ao consultório do médico, seja clínico, pediatra, alergista ou otorrino, e tem o diagnóstico de rinite. A rinite alérgica é uma doença frequente que impacta negativamente na qualidade de vida3,4. Nessa doença crônica, os sintomas costumam ser de leve intensidade na maioria dos pacientes, sendo frequentemente subestimada por todos: médicos, pacientes e familiares. Entretanto, quando se manifesta de forma moderada a grave, pode afetar profundamente a qualidade de vida, principalmente por prejudicar o “poder restaurador do sono”5. O sono de baixa qualidade ocasiona sonolência diurna, fadiga e prejuízo significativo ao aprendizado, à cognição e ao desempenho profissional6. A carga total da doença recai não apenas no incômodo dos sintomas, mas também no prejuízo do funcionamento social e físico. Contudo, infelizmente, não é comum que esse componente seja reconhecido, valorizado e muito menos abordado pelos profissionais da saúde que lidam com pacientes com rinite alérgica. Com muita frequência os pacientes que sofrem de rinite alérgica abandonam seus tratamentos após curto período de tempo5,7.

A adesão ao tratamento está relacionada a quatro fatores: doença, medicamento, paciente e médico. A gravidade e a interferência na qualidade de vida são importantes na adesão5. As características do medicamento, como a frequência da sua administração, da via de administração, efeitos colaterais e custos, podem interferir de forma significativa na utilização do tratamento farmacológico prescrito3,5.

O tratamento inicial, após correto diagnóstico, consiste no controle ambiental adequado dos aeroalérgenos (ácaros) associado ao tratamento farmacológico, como o furoato de fluticasona nasal6. Esse medicamento tem um rápido início de ação, com eficácia sustentada durante um período de 24 horas após sua administração. Além disso, é uma monoterapia bem tolerada, segura e efetiva para adultos e crianças, que, ao aliviar os sintomas, consequentemente, pode melhorar de forma marcante a qualidade de vida dos pacientes com rinite alérgica7. Quando a terapia medicamentosa associada ao controle do ambiente não é eficaz, pode-se lançar mão do tratamento com imunoterapia oral ou subcutânea5. A consulta de retorno, nestes casos, é imprescindível para avaliar a necessidade de “step up” no tratamento e dar continuidade ao seguimento do plano compartilhado da melhor maneira possível5.

Uma nova modalidade de atendimento foi normatizada a partir da pandemia do coronavírus 2019 (COVID-19). Os serviços de telemedicina foram utilizados como ferramenta de primeira linha para enfrentar essa pandemia8. Criou-se um desafio para os sistemas de prestação de cuidados de saúde, forçando as políticas de saúde pública em todo o mundo a mudar de atendimento médico tradicional presencial para atendimento virtual. Uma revisão integrativa de literatura, conduzida por Andrews e colaboradores, em 2020, logo no primeiro ano da pandemia do novo coronavírus, avaliou 18 estudos que em sua maioria identificaram uma alta satisfação com uso de telemedicina para o cuidado em saúde, tanto pela perspectiva de pacientes quanto de profissionais de saúde. A viabilidade e a aceitabilidade dos serviços de telemedicina transformaram o modo de prestação de serviços de saúde, o que facilita, inclusive, as consultas de retorno9.

Levando em consideração nossa prática clínica, notamos que a habilidade do médico, sua empatia e seus esforços perante o paciente têm consequência direta nos procedimentos, como anamnese, diagnóstico, adesão ao tratamento e retorno ao consultório. A adequação e humanização do profissional de saúde, individualizando cada paciente, permite uma escuta e uma conduta diferenciada. A partir desse vínculo na relação do paciente e do médico cria-se uma credibilidade e confiança para que o paciente possa então aderir ao tratamento, sem abandoná-lo e ir até o fim para que seja alcançado o resultado esperado. Dessa forma, o profissional de saúde em questão consegue causar efeitos positivos não apenas na satisfação do usuário, mas também na qualidade dos serviços e na saúde do paciente.

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Referências bibliográficas

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