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Neurologia17 fevereiro 2023

Quando considerar a atrofia cerebral como doença? [vídeo]

Neste vídeo, Fernanda Rueda fala como analisar a RM de crânio de um idoso com queixa de déficit cognitivo e sobre padrões de atrofia cerebral

Por Fernanda Rueda

As demências têm sido um problema se saúde cada vez mais comum no mundo em virtude do aumento expressivo da longevidade humana. Em janeiro de 2022, estimava-se cerca de 2 milhões de pacientes com demência no Brasil, com uma perspectiva de aumento de mais de 200% até 2050, devendo-se ainda considerar os impactos que a infecção por COVID-19 pode deixar nos pacientes a longo prazo, ainda pouco entendida pela comunidade científica.

E o exame de ressonância magnética do crânio é um dos mais solicitados para essa avalição inicial dos quadros de demências. Primeiro, devemos usar a RM de crânio para afastar causas reversíveis de demência, como alterações de origem metabólica ou inflamatória, e até mesmo observar danos estruturais que justifiquem o quadro clínico, com sequelas de AVC e presença de tumores. Segundo, para tentar encontrar um padrão de atrofia cerebral que permita a caracterização de algum tipo de demência degenerativa, como por exemplo a demência fronto-temporal ou então, seguindo um padrão de demência por doença de Alzheimer.

Assista o vídeo!

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Quando considerar a atrofia cerebral como doença

Quando considerar a atrofia cerebral como doença

A avaliação anatômica da atrofia cerebral

No entanto, vale lembrar que essa avaliação anatômica na RM de crânio deve considerar a idade do paciente. Obviamente, não esperamos que o padrão dos sulcos e giros corticais de um idoso seja semelhante ao de um jovem, portanto é necessário criar uma identidade visual sobre qual é o padrão habitual de acentuação dos sulcos corticais de acordo com a faixa etária. Atenção especial deve ser dada a região parietal, principalmente ao precuneus, já que é uma região com interligação com o hipocampo e faz parte da rede neuronal de repouso, e que usualmente tem redução de função nos casos iniciais de doença de Alzheimer. O mesmo raciocínio se deve seguir para a avaliação dos hipocampos, usando a escala MTA (medial temporal lobe atrophy), para facilitar e homogeneizar o diálogo entre o médico solicitante do exame e o médico executor do mesmo.

Veja também: Qual a importância da ressonância magnética no diagnóstico da demência?

Tópicos abordados no vídeo

  • Considerações sobre RM na atrofia cerebral.
  • Qual padrão de atrofia cerebral é suspeito?
  • Valorizar assimetrias dos lobos cerebrais quando avaliar atrofia.
  • Cuidados ao descrever as alterações no laudo – nem todo idoso tem atrofia cerebral desproporcional à idade.

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