A reposição de testosterona é cada vez mais usada na prática clínica. No entanto, as evidências sobre os benefícios e riscos dessa terapia são conflitantes. O New England Journal Of Medicine (NEJM) fez uma análise dos últimos estudos para pontuar o que se sabe até agora.
Nos Testosterone Trials, publicados no Journal of the American Medical Association, homens com 65 anos ou mais com níveis de testosterona abaixo de 275 ng/dL + disfunção sexual ou física ou vitalidade reduzida foram randomizados para usar testosterona em gel (1%) ou placebo durante 1 ano. Diversos desfechos foram analisados:
Risco cardiovascular
A placa aterosclerótica foi avaliada por angiografia computadorizada em 170 participantes. Desde o baseline até 12 meses, o tratamento com testosterona foi associado a um aumento maior no volume de placas ateroscleróticas não calcificadas em relação ao placebo.
Separado dos Testosterone Trials, pesquisadores estudaram retrospectivamente mais de 44 mil homens com deficiência androgênica. Ao longo de 3 anos, a taxa de eventos cardiovasculares foi menor nos homens que receberam testosterona do que em homens não tratados (17 versus 24 por 1.000 pessoa/ano).
Veja também: ‘Reposição de testosterona em homens aumenta risco de trombose venosa profunda’
Memória
Entre cerca de 500 participantes com deficiência de memória associada à idade no início do estudo, a terapia com testosterona não conferiu melhorias na memória ou outras medidas cognitivas em comparação com o placebo.
Massa óssea
A densidade mineral óssea e a força foram avaliadas em cerca de 200 participantes. A terapia com testosterona foi associada com aumentos na densidade volumétrica na coluna e quadril, e na força óssea, em comparação com o placebo.
Produção de hemáceas
Entre cerca de 130 participantes com anemia, os níveis de hemoglobina aumentaram (pelo menos 1 g/dL) mais frequentemente com testosterona do que com placebo.
Referências:
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