Nessa semana, falamos sobre a relação entre pioglitazona e câncer de bexiga. Por isso, na nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, trazemos a apresentação clínica deste tipo de câncer.
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Quadro inicial: O sintoma mais comum é hematuria, que normalmente é intermitente, indolor e presente em toda micção. Hematuria indolor (macro ou microscópica), embora os sintomas irritativos miccionais (frequência, urgência, disuria) possam ser a manifestação inicial. Em alguns pacientes, as metástases darão os sintomas iniciais.
Hematuria macroscópica: O padrão de hematuria pode sugerir seu sítio de origem:
• Hematuria ocorrendo principalmente no início de micção sugere causa uretral;
• Hematuria terminal com sangue que aparece ao final do esvaziamento, em geral, tem origem a partir do colo da bexiga ou uretra prostática;
• Hematuria ocorrendo em toda a micção pode ter origem em qualquer parte do trato urinário, incluindo bexiga, ureteres e rins.
Dor: A dor associada com câncer de bexiga é geralmente o resultado de tumores localmente avançados ou metastáticos:
• Dor lombar pode resultar de uma obstrução do ureter pelo tumor em qualquer nível (bexiga, ureter retroperitoneal ou pelve renal).
• Apesar da obstrução ser geralmente associada com doença musculoinvasiva, grandes tumores não invasivos no orifício ureteral podem também causar sintomas.
• A dor é semelhante aquela experimentada com a passagem de cálculos urinários e pode ou não ser associada com hematuria.
• Dor suprapúbica é geralmente um sinal de tumor localmente avançado, que invade a região perivesical, tecidos e nervos, ou obstrui a saída da bexiga, causando retenção urinária.
• Dor hipogástrica, retal e perineal podem ser sinais de doença invadindo a fossa do obturador, gordura perirretal, nervos pré-sacrais ou o diafragma urogenital.
• Dor abdominal no quadrante superior direito pode sinalizar acometimento de nódulos linfáticos abdominais ou metástases hepáticas.
• Dor óssea pode indicar a presença de metástases ósseas.
• Dor de cabeça significativa e persistente ou função cognitiva desordenada pode sugerir a presença de metástases intracranianas ou meníngeas.
Sintomas miccionais: Sintomas de esvaziamento são mais comuns em pacientes com carcinoma in situ (CIS) da bexiga e pode resultar de uma diminuição na capacidade funcional da bexiga, hiperatividade do detrusor, invasão do trígono vesical ou obstrução do colo da bexiga ou uretra:
• Sintomas miccionais irritativos (poliuria, urgência, disuria ou incontinência) ocorrem em aproximadamente 1/3 dos pacientes.
• Disuria, frequência e urgência em particular é altamente sugestivo de carcinoma in situ de bexiga.
Sintomas constitucionais: Fadiga, perda de peso, anorexia são geralmente sinais de doença avançada ou metastática e denotam um mau prognóstico.
• Em casos raros, os pacientes podem ter sintomas constitucionais devido à insuficiência renal causada pela obstrução ureteral bilateral.
Exame físico: Deve ser realizado em pacientes com câncer de bexiga, incluindo um exame de toque retal em homens e um exame bimanual da vagina e do reto em mulheres.
• Massa pélvica pode ser palpada em casos avançados.
• Endurecimento da próstata às vezes pode ser sentido no exame de toque retal, se o câncer de bexiga envolve o colo da bexiga e a próstata.
• Adenopatia inguinal pode estar presente, embora a região inguinal não seja um local comum de metástases.
• Nodularidade na região periumbilical pode ser vista nas lesões avançadas envolvendo a cúpula da bexiga, frequentemente no câncer de úraco, que normalmente são adenocarcinomas e não tumores uroteliais.
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