Descubra as últimas atualizações sobre o ajuste da taxa de ultrafiltração (UF) em pacientes críticos submetidos à terapia renal substitutiva (TRS). A sessão, apresentada no International Symposium on Intensive Care and Emergency Medicine (ISICEM) 2025, realizado em Bruxelas, trouxe insights essenciais para a prática clínica. Confira os principais destaques!
Introdução
Sabe-se que a incidência de injúria renal aguda com necessidade de terapia renal substitutiva é alta em pacientes críticos (1). Além disso, o balanço hídrico acumulado positivo está associado a maior mortalidade e tempo de internação (2). Diante disso, um dos grandes desafios nesse subgrupo de pacientes, após a estabilização hemodinâmica, é iniciar de forma adequada o processo de evacuação ou derressuscitação.
Estratégia Recomendada para Ultrafiltração
O primeiro passo é avaliar se o paciente está no momento adequado para iniciar a remoção de volume durante a terapia renal substitutiva (TRS). Idealmente, ele deve estar sem o uso de drogas vasoativas ou em processo de desmame, com doses mínimas dessas medicações.
Se essas condições forem atendidas, inicia-se a ultrafiltração (UF) na TRS. Em TRS contínua, recomenda-se começar com uma UF baixa, por exemplo, em torno de 25 mL/h, ajustando progressivamente de acordo com a tolerância hemodinâmica do paciente.
Conforme demonstrado em estudos, a taxa de ultrafiltração não deve exceder 1,75 mL/kg/h, pois valores superiores estão associados a maior mortalidade e menor recuperação da função renal residual, como evidenciado na subanálise do estudo RENAL (3).
No caso de TRS prolongada intermitente, como a Slow Low Efficiency Dialysis (SLED), a remoção de volume não deve ultrapassar 400 mL/h para minimizar riscos hemodinâmicos.
Conclusão
- Avaliar a estabilidade hemodinâmica e o momento adequado para iniciar a ultrafiltração.
- Iniciar a remoção de volume de forma gradual, respeitando o limite máximo de 1,75 mL/kg/h.
- Em TRS prolongada intermitente (SLED), limitar a ultrafiltração a 400 mL/h.
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