Uma pesquisa sobre ética feita regularmente com médicos americanos mostrou que o número de profissionais que nunca esconderiam um erro médico diminuiu. Em 2010, eram 95% das respostas, e, em 2016, o número caiu para 78%. Apesar disso, apenas 5% responderam que esconderiam um erro que pudesse prejudicar o paciente, enquanto 14% disseram que dependeria da situação.
Ainda que a grande maioria diga que é sincera com o paciente, os números vêm modificando ao longo do tempo e podem ser preocupantes, principalmente porque essa minoria vem se mostrando significativa e estaria desrespeitando o Código de Ética Médica. Além disso, contraria as novas políticas de muitos hospitais locais que vem tentando se reerguer assumindo os erros voluntariamente e pedindo desculpas.
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A pesquisa foi feita online com mais de 7.500 médicos de 25 especialidades, sendo 63% do sexo feminino. Entre as outras questões respondidas, estiveram:
Referência:

- 70% dos médicos disseram que não é aceitável ter um relacionamento com paciente; esse número era de 83% em 2010. Apenas 2% responderam que a postura era aceitável, 7% que depende da situação e 21% que era ‘ok’ após seis meses que o paciente deixou de se consultar.
- 68% não suspenderiam tratamentos ou testes por estarem excedendo o orçamentodo plano de saúde ou da organização patrocinadora, mesmo tendo penalidades.
- Sobre serem testados aleatoriamente sobre o abuso de drogas e álcool, 42% foram contra.
- 25% são contra serem obrigados a tomar vacinas contra a gripe.
- Apenas 38% disseram que deixariam um plano que paga mal, mesmo que isso envolvesse perder pacientes de longa data. Em 2010, esse número era de 57%. Os que disseram que depende da situação foram 26%.

- More Physicians Willing to Hide Mistakes, Survey Reveals. Medscape. Dec 01, 2016.
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