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Saúde4 abril 2023

Tuberculose: Brasil registra 78 mil novos casos, um aumento de quase 5%

Segundo o Ministério da Saúde, 48% das famílias brasileiras afetadas pela tuberculose apresentam gastos com a doença acima de 20% da renda.

Por Úrsula Neves

O Brasil registrou 78 mil novos casos de tuberculose no final de dezembro do ano passado, um aumento de 4,9% em relação a 2021, segundo dados divulgados pelo. Ministério da Saúde. Os estados do Amazonas, Rio de Janeiro e Roraima registraram, respectivamente, 84,1, 75,9 e 68,6 casos da doença para cada grupo de 100 mil habitantes.  

A pesquisa indica ainda que, em 2021, o país registrou um recorde de óbitos pela enfermidade: 5 mil no total, maior número identificado nos últimos dez anos. Atualmente, a tuberculose é a segunda doença infecciosa que mais mata no mundo, atrás apenas da covid-19, além de ser a principal causa de óbito entre indivíduos que vivem com HIV e Aids. 

Saiba mais: OMS: Pessoas com HIV têm quase 30 vezes mais chances desenvolver tuberculose

Conforme levantamento do Ministério da Saúde, homens de 20 a 64 anos apresentam risco três vezes maior de contrair a tuberculose do que mulheres na mesma faixa etária. Ademais, o país contabilizou no ano passado 2,7 mil casos em menores de 15 anos, sendo que crianças de até quatro anos respondem por 37% dessas notificações. 

Vale lembrar que a tuberculose tem prevenção, tratamento e cura, e atinge preferencialmente as populações mais vulneráveis, como indivíduos em situação de rua, comunidades indígenas, refugiados, os que vivem com HIV e Aids e os que estão presos.  

Os números revelados pela pasta mostram que 48% das famílias brasileiras afetadas direta ou indiretamente pela tuberculose apresentam gastos com a doença que comprometem acima de 20% da renda.  

Leia também: Tuberculose e suas abordagens diagnósticas

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Implantação de medicamentos BPaLM contra a tuberculose

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a ampliação da principal iniciativa sobre a enfermidade, que apoia o progresso acelerado para acabar com a tuberculose e alcançar a cobertura universal de saúde até 2030. 

Como parte dessa iniciativa, a OPAS e a OMS solicitaram aos governantes para acelerar a implantação rápida do regime de medicamentos BPaLM/BPaL (bedaquilina, pretomanida, linezolida e moxifloxacina), que possuem o potencial de aumentar significativamente as taxas de cura por causa da sua eficácia, menor custo e melhor impacto na qualidade de vida dos pacientes.  

Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED. 

Autoria

Foto de Úrsula Neves

Úrsula Neves

Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá (UNESA), pós-graduada em Comunicação com o Mercado pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e em Gestão Estratégica da Comunicação pelo Instituto de Gestão e Comunicação (IGEC/FACHA)

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