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Saúde7 maio 2024

SUS perdeu 25 mil leitos de internação em 13 anos 

CFM analisou números de leitos públicos disponíveis através do Sistema Único de Saúde de 2010 a 2023 

Levantamento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que o Sistema Único de Saúde (SUS) perdeu 25 mil leitos de internação nos últimos 13 anos. O CFM utilizou dados do Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES) do Ministério da Saúde. De acordo com a entidade, os 335 mil leitos públicos existentes em 2010 tiveram uma redução de 8%, totalizando 309 mil em 2023, sendo que um em cada três está localizado nas capitais dos estados. 

SUS perdeu 25 mil leitos de internação em 13 anos 

Imagem de freepik

Fila de espera 

Segundo a publicação da autarquia, mesmo o aumento observado em leitos clínicos e cirúrgicos não conseguiu sobrepor as perdas de outras áreas (pediátricos, psiquiátricos e obstétricos etc.). Isso impacta a fila de espera. “Ao longo de diferentes governos — seguiam fechando leitos, milhares de brasileiros aguardavam, e ainda aguardam, na fila do SUS para realizar uma cirurgia eletiva, por exemplo” declarou o presidente do CFM, José Hiran Gallo. 

Dados do Ministério da Saúde apontavam um milhão de pessoas na fila de espera por cirurgias eletivas em 2023. 

“Vinte e cinco mil leitos a menos é um dado alarmante. Não tenha dúvida de que muitas pessoas, lá na ponta do sistema, serão prejudicadas por isso. Nas capitais, muitas vezes, encontramos hospitais públicos cheios, com gente espalhada pelo corredor sem ter acesso a um leito. É disso que estamos tratando aqui.”, completou José Hiran Gallo. 

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Pressão sobre o SUS 

O CFM ainda lembra que outros fatores poderão impactar o SUS. Capazes de gerar uma necessidade maior do que a atual para o aumento no número de leitos públicos, são citados como exemplos: o envelhecimento populacional, aumento da sobrevida de pacientes, morbidade de doenças crônicas, entre outros. 

Especialidades mais afetadas  

Outro ponto destacado pelo CFM é que três especialidades sofreram perdas significativas nos leitos disponíveis. Contabilizados apenas os leitos psiquiátricos, pediátricos e obstétricos, o país perdeu 44 mil unidades, variações de -58%, -28% e -17% respectivamente.

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Referências bibliográficas

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