Usando dados obtidos entre 2001 e 2022 do Sistema de Consulta e Relatório de Estatísticas de Lesões de Jovens dos EUA (entre 8 e 12 anos) dos CDCs (Centers for Disease Control and Prevention), pesquisadores americanos examinaram as mortes por suicídio em geral e por sexo, raça, etnia, método de suicídio, área metropolitana ou não metropolitana e região geográfica.
Achados: suicídio entre pré-adolescentes
O estudo publicado no JAMA descobriu que as taxas de suicídio têm aumentado em aproximadamente 8% ao ano desde 2008. As populações mais afetadas pelo crescimento dos índices foram pré-adolescentes do sexo feminino, pré-adolescentes indígenas americanas/nativas do Alasca ou asiáticos/das ilhas do Pacífico e pré-adolescentes hispânicos.
Para os pesquisadores embora o número geral de suicídios de pré-adolescentes nos EUA seja pequeno em comparação com as populações de adolescentes e adultos, as descobertas da análise ressaltam a necessidade de esforços de prevenção adequados à idade e culturalmente eficazes.
Outros achados do estudo incluem:
- O aumento desproporcional dos suicídios de pré-adolescentes do sexo feminino em comparação com pré-adolescentes do sexo masculino no período analisado.
- Pré-adolescentes negros tiveram o maior índice de suicídio geral.
- O suicídio entre pré-adolescentes hispânicos teve o maior aumento percentual.
- As taxas de suicídio por arma de fogo têm crescido rapidamente.
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Limitações e conclusão
Os autores consideram que o estudo foi limitado por erros na classificação de mortes suicídios como sendo por outras causas, falta de categorização racial e ética mais específica na base de dados utilizada e na acurácia de estatísticas e tendências de suicídio. A base de dados utilizada também limitou a possibilidade de uma análise interseccional.
Contudo, os responsáveis consideram que o estudo publicado pode servir de base para pesquisas futuras analisarem mais fatores associados ao suicídio entre pré-adolescentes.
*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya.
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