A sepse representa uma situação dramática em atendimento médico de urgência e emergência. Situações muitas vezes passando despercebidas podem complicar e muito a evolução dos pacientes.
Durante muito tempo, gestantes eram critérios de exclusão desses estudos de sepse. A mortalidade chegava próximo de 50% no começo dos anos 2000.
Sepse na gestação
Os casos de sepse em gestantes têm se mostrado cada vez mais frequentes e mais graves, uma vez que as mulheres estão postergando ter filhos, adicionando comorbidades com o avançar da idade, como, por exemplo, diabetes mellitus, obesidade, hipertensão arterial e as tecnologias de reprodução assistida, elevando a gravidade das gestações.
Mudanças fisiológicas na gravidez podem retardar o diagnóstico de sepse durante essa fase, como a diminuição da resistência vascular periférica e taquicardia gestacional. Assim como a flacidez vesical pode facilitar infecções urinárias, por exemplo, e mascarar o diagnóstico.
O sítio urogenital ainda continua sendo a principal porta de entrada para quadros infecciosos simples e/ou graves na gestante.
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Sepse
A sepse tem aumentado sua incidência tanto na população em geral como nas gestantes. Algumas modificações fisiológicas gestacionais podem confundir e atrasar o diagnóstico durante o ciclo grávido-puerperal.
Torna-se imperioso que a equipe de cuidados intensivos seja acionada e o obstetra participe ativamente, de modo a proporcionar o melhor atendimento multidisciplinar para essa paciente, em patologia de altas morbi e mortalidades.
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Referências bibliográficas:
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