Saúde22 março 2024
OMS: Falta de investimento em saúde aumenta desigualdades de gênero
Organização apresentou relatório mostrando a prevalência de desigualdades mesmo em um campo com maioria feminina.
Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) trouxe dados apontando que a falta ou a insuficiência de investimento na área de cuidados em saúde exacerba as desigualdades de gênero contribuindo para criação e manutenção de um ciclo vicioso prejudicial para mulheres.
De acordo com o documento, “Fair share for health and care: gender and the undervaluation of health and care work”, mulheres compõem 67% da força de trabalho global na área de saúde e cuidados e realizam 76% de todas as atividades de cuidado não remuneradas, dessa forma são a população mais afetada pela precarização das condições de trabalho e os cortes de investimento em sistemas de saúde.
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O subinvestimento constatado pelo relatório aumentou a parcela populacional sem cobertura de serviços de saúde essenciais, o que por sua vez fez crescer a carga de trabalho de cuidados em saúde não remunerados.
Para o diretor da OMS, Jim Campbell, “O relatório Fair share destaca como os investimentos equitativos de gênero na área da saúde e cuidados redefiniriam o valor da saúde e dos cuidados e impulsionariam economias mais justas e mais inclusivas”.
Propostas para enfrentar o problema
O relatório da OMS apresenta uma lista de ações que podem ser realizadas para melhorar o panorama apresentado:- Melhorar as condições de trabalho para todas as formas de trabalho no campo da saúde e na prestação de cuidados, especialmente em profissões com maioria de trabalhadoras mulheres.
- Incluir as mulheres de forma mais equitativa na força de trabalho remunerada
- Melhorar as condições de trabalho e os salários na força de trabalho da saúde e de cuidados e garantir a igualdade de remuneração por trabalho de igual valor
- Abordar a disparidade de gênero nos cuidados em saúde, apoiar o trabalho qualidade em cuidados na saúde e defender os direitos e o bem-estar dos cuidadores
- Garantir que as estatísticas nacionais contabilizem, meçam e valorizem todo o trabalho de cuidados em saúde.
- Investir em sistemas de saúde pública robustos.
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