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Saúde9 agosto 2024

Mpox pode voltar a ser Emergência de Saúde Pública

OMS demonstra preocupação com situação da doença no continente africano e nova variante da mpox.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocará um comitê de especialistas para analisar a situação do surto de Mpox em países da África Central e avaliar se a doença deverá voltar a figurar como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). A informação foi dada durante uma conferência de imprensa organizada pela OMS no última dia 7 de agosto em Genebra.

Mpox pode voltar a ser Emergência de Saúde Pública

Imagem de freepik

Região de preocupação

Embora os índices relacionados com a doença estivessem em declínio desde abril de 2023 e em maio daquele ano tenha sido declarada o fim da ESPII (imposta em julho de 2022), desde o início de 2024, o crescente número de casos em países africanos, principalmente na República Democrática do Congo (RDC) tem causado preocupação à agência.

De acordo com as informações divulgadas pelo diretor-geral da organização, Tedros Adhanom, durante a coletiva, os números de casos registrados na RDC de janeiro até julho de 2024 são iguais ao número de casos registrados em 2023 inteiro. Embora o país concentre mais de 90% dos casos, a propagação da doença para países vizinhos (Kenya, Ruanda, Uganda e Burundi) e regiões da RDC sem histórico de surtos sustentados aumenta a necessidade de vigilância.

Leia também: Mpox em pacientes HIV com imunodepressão avançada

Até o dia 26 julho foram registrados 14.479 casos de Mpox, 455 mortes (3,1%), afetando 25 das 26 províncias da RDC. A população mais afetada foi de crianças com menos de 15 anos, correspondendo a 66% dos casos e 82% das mortes, 73% dos pacientes eram homens.

Nova variante da Mpox

De acordo com a OMS, a cepa viral comum em surtos históricos na região era a nomeada de clade I, e a responsável pelo emergência global entre 2022 e 2023 era a clade II. Durante a análise do surto foi identificada uma nova variante, clade Ib, mais adaptada a circulação em humanos e responsável por causar consequências mais severas.

O diretor-geral da OMS informou que o órgão está trabalhando com os países e agências de saúde afetados para identificar os fatores contribuindo para propagação da doença. “Parar a transmissão exigirá uma resposta abrangente, com as comunidades como parte central”, afirmou.

Mpox no Brasil

De acordo com o último relatório de Situação Epidemiológica da doença, publicado pelo Ministério da Saúde em julho. O Brasil contabilizava 10.967 casos confirmados e 1.874 suspeitos, de junho de 2022 a julho de 2024, com 675 municípios (12,1% do total) registrando pelo menos um caso confirmado ou provável de Mpox. E os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás como os que registraram o maior número de casos confirmados ou prováveis.

Saiba mais: Vacina contra a mpox começa a ser aplicada nesta semana em todo o país

Desde 2023, o Brasil conta com a vacinação contra a doença para grupos prioritários: pessoas que vivem com HIV/Aids com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses e profissionais que atuam diretamente em contato com o vírus em laboratórios (pré-exposição). Além de pessoas que tiveram contato direto com os fluidos e secreções corporais de casos suspeitos ou confirmados para a doença (pós-exposição).

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Referências bibliográficas

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