O Ministério da Saúde, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Governo de Minas Gerais e a prefeitura de Belo Horizonte, acaba de inaugurar a Biofábrica Wolbachia, no bairro de Gameleira. A nova unidade visa produzir mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia, uma tecnologia crucial no combate à dengue e outras arboviroses.
A tecnologia
O método Wolbachia consiste em inserir a bactéria Wolbachia — presente em 60% dos insetos da natureza, com exceção do Aedes aegypti — em ovos do mosquito em laboratório e criar indivíduos da espécie que sejam portadores do microrganismo. Infectados pela Wolbachia, os Wolbitos — que não são geneticamente modificados e não transmitem outras doenças — não são capazes de carregar os vírus que causam dengue, zika, chikungunya ou febre amarela.
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A fábrica
Construída em um terreno de 4 mil m², a biofábrica será administrada pela Fiocruz, em colaboração com o World Mosquito Program (WMP), detentor da patente da tecnologia.
A estimativa é de que a produção semanal da Biofábrica alcance dois milhões de Wolbitos, que serão liberados no ambiente para reprodução com os Aedes aegypti locais, criando uma nova população de mosquitos que não transmitem doenças.
Início
A operação está programada para iniciar em 2025 e abrangerá a produção completa dos Wolbitos, desde ovos até mosquitos adultos, assim como a distribuição e alocação de equipes administrativas. O projeto inicial focará na cidade de Brumadinho e em outros 21 municípios da Bacia do Rio Paraopeba, com planos de expansão para todo o estado de Minas Gerais.
Segundo a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, além das biofábricas do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, deverão ser inauguradas outras duas unidades, no Ceará e no Paraná, como parte do plano de expansão do Ministério da Saúde.
*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya.
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