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Saúde9 novembro 2019

Medicina Física e Reabilitação: avanços, desafios e oportunidades

O médico de Medicina Física e Reabilitação deve ter uma disposição para avaliação abrangente do paciente, envolvendo múltiplos sistemas corporais.

Por Úrsula Neves

Nos últimos anos, os principais avanços tecnológicos relacionados à especialidade de Medicina Física e Reabilitação referem-se à terapia robótica para pessoas com acidente vascular cerebral (AVC), órteses robóticas do tipo exoesqueletos para auxiliar a marcha de pessoas com deficiência e o uso da neuromodulação para a reabilitação das afecções neurológicas e dor crônica.

Entre os procedimentos médicos, a terapia por ondas de choque é o principal avanço para o tratamento das tendinites crônicas e outras afecções musculoesqueléticas.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (ABMFR), Marcelo Riberto, o médico que atua dentro desta especialidade deve ter uma disposição para avaliação abrangente do paciente, envolvendo múltiplos sistemas corporais e faixas etárias. A habilidade para atuação em equipe multiprofissional é essencial para o especialista que atua em centros de reabilitação, enquanto o profissional que deseja trabalhar em consultório deve ter aptidão para uma prática mais intervencionista.

médico da especialidade de medicina física e reabilitação tratando paciente com problema no joelho

Medicina Física e Reabilitação: principais desafios

“O mercado de trabalho para os especialistas em Medicina Física e Reabilitação está aquecido e há muitas vagas nos centros de reabilitação. Para os especialistas que buscam o trabalho apenas em consultórios, a maior dificuldade para entrar no mercado relaciona-se ao desconhecimento da especialidade pelos pacientes”, esclarece Marcelo Riberto.

Potencial de crescimento

Para o presidente da ABMFR, todas as áreas têm potencial de crescimento, tendo em vista o envelhecimento geral da população e o número crescente de sobreviventes de lesões por causas externas, como a violência urbana e os acidentes automobilísticos, que resultam necessariamente no aumento da porcentagem de pessoas com deficiências na população e da demanda por serviços de reabilitação.

Por outro lado, as lesões musculoesqueléticas sem indicação de tratamento cirúrgico-ortopédico, como aquelas associadas ao trabalho ou à prática esportiva, são outro aspecto da crescente procura pelo atendimento dos especialistas em Medicina Física e Reabilitação.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) existe mais de 1 bilhão de pessoas com deficiência no mundo (OMS, 2011). No Brasil, 24% da população, ou seja, 45 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência (IBGE, 2014).

Atualmente, um dos focos da OMS é atuar nessa grande população em todos os países, estimulando o desenvolvimento de acesso à reabilitação, recursos de acessibilidade e, consequentemente, a inclusão das pessoas com deficiências na sociedade.

Principais oportunidades

A habilidade de trabalho em equipe multiprofissional é uma característica do médico especialista em Medicina Física e Reabilitação. Essa habilidade específica favorece a atuação em grupos de trabalho interdisciplinar, como centros de reabilitação, clínicas geriátricas, grupos multiprofissionais de dor e de medicina ocupacional, cuidados paliativos, entre outros.

Para o trabalho com dor musculoesquelética, o domínio de habilidades para realização de procedimentos guiados por eletroestimulação, ultrassonografia ou fluoroscopia acrescenta um diferencial para conseguir destaque no mercado de trabalho.

Panorama atual

Segundo o estudo ‘Demografia dos médicos no Brasil’, nos anos 2015 e 2017, são cerca de 850 médicos com essa especialidade em atuação no Brasil.

Um médico fisiatra ganha em média R$ 6.155,63 no mercado de trabalho brasileiro para uma jornada de trabalho de 14 horas semanais, de acordo com pesquisa do salario.com.br.

A faixa salarial do médico fisiatra CBO 2251-60 fica entre R$ 4.119,66 (média do piso salarial 2019 de acordos, convenções e dissídios), R$ 5.086,00 (salário mediana da pesquisa) e o teto salarial de R$ 9.302,57, levando em consideração os profissionais com carteira assinada em regime CLT.

A cidade com mais ocorrências de contratações e, por conseqüência, com mais vagas de emprego para médico fisiatra é Goiânia, capital de Goiás.

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A ABMFR

A Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (ABMFR) é o único órgão representativo de âmbito nacional dos médicos fisiatras, seja junto à Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina ou outras entidades privadas.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências bibliográficas:

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