Uma nova abordagem cirúrgica, conhecida como Método de Warf, está revolucionando o tratamento de hidrocefalia em bebês no Brasil. A técnica combina dois procedimentos: ventriculostomia endoscópica do terceiro ventrículo (ETV) e cauterização do plexo coroide (CPC).
Desenvolvida pelo neurocirurgião Benjamin Warf, do Boston Children’s Hospital, o método surgiu como alternativa ao tradicional implante de válvulas, que demanda manutenção frequente e apresenta risco de infecções.
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Introduzido no Brasil pelo Projeto Neurokids, liderado por Warf, o método foi implementado com o apoio da neurocirurgiã Giselle Coelho. Desde 2022, mais de 70 crianças já foram operadas, e a expectativa é expandir o treinamento para novos profissionais em até dez centros médicos até 2025, alcançando regiões remotas, como a Amazônia. Atualmente, a técnica vem sendo realizada na Santa Casa de São Paulo e na Santa Casa do Pará.
O método possui uma taxa global de sucesso de 76%, embora fatores sociais, como desnutrição e prematuridade, ainda sejam desafios no tratamento de hidrocefalia. Além de proporcionar recuperação mais rápida e menor risco de complicações, e oferecer benefícios econômicos para sistemas públicos de saúde, como o SUS.
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Autoria

Roberta Santiago
Roberta Santiago é jornalista desde 2010 e estudante de Nutrição. Com mais de uma década de experiência na área digital, é especialista em gestão de conteúdo e contribui para o Portal trazendo novidades da área da Saúde.
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