Os danos da exposição à fumaça do cigarro para as crianças já são bem conhecidos, no entanto, muitos ainda respiram essa substância tóxica em casa ou em locais públicos. Em uma nova declaração científica, a American Heart Association alerta que o fumo passivo durante a infância pode levar a problemas respiratórios a longo prazo e uma menor expectativa de vida.
Nos dados divulgados pelo AHA, estima-se que 24 milhões de crianças e jovens não-fumantes estão expostos ao fumo passivo apenas nos EUA, em grande parte por causa dos pais que fumam.
No Brasil, cerca de 40% das crianças estão expostas a fumo passivo em casa e 31% das mortes atribuídas ao fato ocorre justamente em crianças.
Em 2012, pesquisadores americanos encontraram cotinina, subproduto da nicotina, em amostras de sangue de quase 41% de crianças de 3 e 11, e 34% com idades entre 12 e 19 anos.
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Consequências graves
Além de afetar a função do coração, causando danos às artérias, a exposição tem sido associada a outros fatores de risco cardiovascular, incluindo obesidade, colesterol alto e resistência à insulina.
Pesquisas recentes têm ajudado a explicar por que isso pode ser perigoso para as crianças. Produtos químicos no tabaco podem causar alterações no fluxo de sangue, vasos sanguíneos, pressão arterial e ritmo cardíaco.
As crianças são especialmente vulneráveis à exposição ao fumo passivo já que não podem controlar o uso do tabaco em seus arredores. Além disso, estudos indicam que elas são, particularmente, suscetíveis fisicamente para os efeitos do fumo.
Referências:
- https://br.guiainfantil.com/cancer-infantil/398-criancas-fumadoras-passivas.html
- Secondhand Smoke Can Hurt Kids Years After Exposure. Medscape. Sep 12, 2016.
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