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Saúde16 agosto 2024

Estudo avalia exame de sangue para diagnóstico de Alzheimer  

Resultados foram mais precisos do que testes cognitivos e tomografias; descoberta pode acelerar a busca por diagnóstico mais preciso da doença 
Por Roberta Santiago

Um exame de sangue demonstrou uma precisão de cerca de 91% na identificação da doença de Alzheimer, superando as avaliações tradicionais realizadas por médicos de atenção primária e especialistas em demência. 

O estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade de Lund, na Suécia, foi publicado na revista científica The Journal of the American Medical Association (JAMA) no final de julho. O teste, chamado PrecivityAD2, foi desenvolvido nos Estados Unidos pela startup C₂N Diagnostics, associada à Universidade de Washington. Ele mede biomarcadores no sangue, como a proteína tau fosforilada (p-tau217) e a razão amiloide 42/40. 

Estudo avalia exame de sangue para diagnóstico de Alzheimer  

Imagem de freepik

O estudo 

Os pesquisadores coletaram amostras de sangue de cerca de 500 idosos com sintomas de declínio cognitivo, que estavam sendo acompanhados tanto em clínicas locais de atenção primária quanto em clínicas especializadas em memória. O exame de sangue superou significativamente as avaliações clínicas tradicionais, que não utilizam biomarcadores. Nessas avaliações, a precisão foi de 73% em clínicas especializadas em memória e apenas 61% em ambientes de atenção primária. 

De acordo com o Dr. Oskar Hansson, professor de Neurologia da Universidade de Lund e um dos idealizadores do estudo, os próximos passos envolvem o estabelecimento de diretrizes claras para o uso do teste de sangue no diagnóstico da doença de Alzheimer na prática clínica. 

Próximos passos 

Embora o teste esteja disponível para venda nos EUA, ele ainda não foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) nem coberto pela maioria dos planos de saúde. Além disso, o estudo precisa ser replicado em populações mais diversificadas do que a estudada na Suécia. 

A pesquisa também reforça a importância de práticas como exercícios regulares, dieta mediterrânea e controle de fatores de risco vascular para prevenir ou retardar o declínio cognitivo. Atualmente, o diagnóstico preciso da doença de Alzheimer depende de exames complexos, como a coleta de líquido cefalorraquidiano ou PET scan, que não são acessíveis a toda a população e, por isso, podem atrasar o diagnóstico e o início do tratamento. 

*Este artifo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya. 

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Referências bibliográficas

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