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Saúde18 agosto 2021

Dificuldade de dormir afeta 70% dos brasileiros na pandemia, indica pesquisa

Quase 70% da população brasileira está com dificuldade para dormir durante a pandemia de Covid-19, indicou um levantamento.

Por Úrsula Neves

Quase 70% da população brasileira está com dificuldade para dormir durante a pandemia de Covid-19, indicou um levantamento feito pelo Instituto do Sono. A amostragem foi realizada com 1.600 pessoas de 24 estados do país, em sua maioria de São Paulo, através de um questionário virtual.

Os motivos relacionados à dificuldade de dormir na quarentena incluem a preocupação com os efeitos da pandemia, maior exposição às telas azuis, computador e celular, dificuldade em iniciar o sono e a indisposição ou falta de entusiasmo.

O estudo, coordenado pelo presidente da instituição, o médico e pesquisador Sergio Brasil Tufik, pode nos ajudar a entender a dimensão dos problemas na hora de dormir relatados nos consultórios médicos desde o início da pandemia causada pelo novo coronavírus.

Tufik explicou ainda no portal do Instituto do Sono a diferença entre sofrer de insônia ou ter apenas algumas noites mal dormidas: “Para ser considerado que o paciente sofra de insônia, ele precisa ter três noites por semana com dificuldade para dormir, por pelo menos três meses, mesmo com condições propícias para o sono”.

Já a médica e pesquisadora da mesma instituição, Helena Hachul, ressaltou que as pessoas também estão demorando mais tempo para conseguir pegar no sono, acordando mais vezes durante a noite, se queixando de ter pesadelos e sentindo-se indispostos ao longo do dia.

Leia também: O uso de eletrônicos antes de dormir prejudica o sono dos adolescentes?

Dificuldade de dormir afeta 70% dos brasileiros na pandemia, indica pesquisa

Cartilha para dormir bem

Para esclarecer aspectos que definem os padrões de sono, a Associação Brasileira do Sono lançou a cartilha virtual O Sono Normal.

Uma dúvida muito comum em consultórios médicos diz respeito à quantidade necessária de sono. “A quantidade de sono varia de pessoa para pessoa, porém a recomendação para esta fase é entre sete a oito horas por dia, podendo ser apropriada de seis a dez horas”, afirmam os especialistas da Associação Brasileira do Sono.

O material traz informações sobre as alterações comuns do sono nas diferentes faixas etárias; esclarece dúvidas comuns da população em relação à qualificação e quantificação do sono e explica a importância do padrão adequado do sono para a saúde física e mental, com uma visão multidisciplinar.

Pesquisa busca voluntários idosos

O Instituto do Sono está desenvolvendo uma nova pesquisa, desta vez para investigar a relação entre a apneia do sono e a imunização contra Covid-19 em idosos.

Nos últimos anos, as descobertas científicas têm mostrado que existe uma interação importante entre o sono e o sistema imune. O objetivo do estudo é avaliar se a apneia do sono diminui a resposta à vacinação.

Saiba mais: Perturbações do sono e delirium em crianças após cirurgia cardíaca

Poderão participar pacientes acima de 60 anos que tenham realizado o exame de polissonografia no Instituto do Sono, em São Paulo, a partir de janeiro de 2020 e que já estejam vacinados contra a Covid-19. Além de responder a um questionário, os voluntários realizarão o exame de sorologia IgG para avaliar a presença de anticorpos.

Os interessados que fizerem parte deste grupo podem entrar em contato com os pesquisadores pelo e-mail [email protected].

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências bibliográficas:

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