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Saúde26 junho 2024

Conitec incorpora ao SUS medicamento para demência associada à doença de Parkinson

Paciente que recebem rivastigmina apresentam melhora das funções cognitivas cinco vezes maior do que tratamento padrão

O Sistema Único de Saúde passará a ofertar a rivastigmina, único medicamento que possui registro específico para o tratamento para pacientes com demência relacionada à doença de Parkinson. A portaria com a decisão foi publicada no dia 21 de junho de 2024.

De acordo com a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), o tratamento é o que oferece a melhor relação custo-benefício na perspectiva do SUS. A avaliação foi feita durante as discussões para atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para a doença.

Até o momento, o SUS ofertava somente medicamentos contra outros sintomas comuns da doença, mas nenhum com o grau de eficácia da rivastigmina. Ainda segundo avaliações da comissão, a melhora das funções cognitivas apresentada por pacientes que receberam o medicamento foi cinco vezes maior se comparadas aos que seguiram com tratamento clínico padrão.

Conitec incorpora ao SUS medicamento para demência relacionada à doença de Parkinson

Índices

Estima-se que, hoje, entre 100 e 200 a cada 100 mil indivíduos com mais de 40 anos sejam afetadas pelo Parkinson, o que faz dele uma das doenças neurodegenerativas mais comuns do mundo. Desse total, cerca de 30% desenvolvem demência relacionada à condição.

A demência causa depressão, apatia, alucinação, perda de memória e alteração do sono. Sendo assim, a condição associada ao Parkinson impacta profundamente a qualidade de vida de pacientes, familiares e cuidadores.

O exame diagnóstico da doença de Parkinson é predominantemente clínico e deve ser refeito regularmente, em caráter de avaliação, caso sejam associadas novas características à condição existente.

Leia também: Doença de Parkinson: Quando suspeitar e encaminhar para o especialista?

Preços e prazos

O Ministério da Saúde tem até 180 dias (prorrogáveis por mais 90) para dar início à distribuição do produto, que já atende aos pacientes com Alzheimer.

A estimativa é que a incorporação do medicamento ao SUS vá custar cerca de R$ 47,6 milhões dentro dos próximos cinco anos. Na rede privada, cada caixa com 30 adesivos transdérmicos do remédio pode custar até R$ 450.

*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya

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Referências bibliográficas

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