Câncer: Estudo sugere que análise do perfil genético pode melhorar tratamento 

Estudo sueco, ProBio, comparou diferentes tratamentos com quimioterapia e agentes inibidores do eixo de sinalização androgênica em homens com câncer de próstata metastático resistente à castração.  

“Pela primeira vez, comparamos esses tratamentos entre si e também analisamos o DNA das células cancerígenas para descobrir qual medicamento funciona melhor para diferentes indivíduos.”, declarou Johan Lindberg, pesquisador sênior do Instituto Karolinska, universidade responsável pelo estudo. 

Sobre o estudo

Foram selecionados 193 pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração para o estudo. Eles foram separados em dois grupos um recebendo quimioterapia e outro sendo tratado com agentes inibidores do eixo de sinalização androgênica. Esses grupos foram comparados a um grupo controle para o qual os médicos responsáveis decidiam o tratamento. 

O grupo tratado com antiandrogênicos mostrou uma resposta mais longa ao tratamento em comparação com o grupo em quimioterapia (média de 11,1 meses contra 6,9 meses) e com o grupo controle (7,4 meses). A sobrevida desse grupo também foi maior 38,7 meses contra 21,7 meses para o grupo em quimioterapia e 21,8 para o controle. 

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Ao analisar o DNA tumoral circulante (ctDNA) dos pacientes, os pesquisadores observaram que a efetividade do tratamento variava de acordo com o perfil genético do paciente. Por exemplo, pacientes com tumores que apresentavam mutação no gene p53 tinham uma sobrevida melhor se tratados com antiandrogênicos do que com quimioterapia. 

Para Henrik Grönberg, professor de Epidemiologia do Câncer, “Nosso estudo mostra que é possível garantir que cada paciente receba o melhor tratamento dado o perfil genético do tumor. Todo mundo fala sobre medicina de precisão, mas estudos como o ProBio são necessários para entender como os biomarcadores podem ajudar os pacientes.” 

*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya.