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Saúde20 fevereiro 2019

Aumento de médicos da Atenção Primária elevou expectativa de vida nos EUA

Um estudo investigou se o aumento dos médicos de Atenção Primária de 2005 a 2015 impactou na expectativa de vida dos americanos neste mesmo período. Confira os resultados:

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Os médicos que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) cumprem um papel bastante importante no primeiro contato do paciente com serviços nacionais de saúde a fim de garantir a prevenção, triagem e tratamento. O profissional da APS tem a responsabilidade de acompanhar o paciente nos cuidados iniciais e direcioná-lo à especialidade correta caso este necessite de atendimento em uma instância superior.

Fora os benefícios imediatos deste tipo de atendimento, a médio e longo prazo, o acesso aos serviços da APS contribui para a melhoria na qualidade de vida da população e auxilia no estreitamento da relação médico-paciente. Nos Estados Unidos, entre 2005 e 2015, o número de médicos da Atenção Primária aumentou cerca de 196 mil para aproximadamente 204 mil, embora não tenha acompanhado o exponencial crescimento vegetativo neste mesmo período.

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médico atenção primária

Médicos da Atenção Primária x expectativa de vida

No entanto, não havia evidências na literatura se esse crescimento impactou efetivamente na expectativa de vida da população geral. Para esclarecer a questão, após ajustes por variáveis socieconômicas, demográficas e comportamentais, pesquisadores realizaram um estudo epidemiológico para definir se o papel dos médicos da Atenção Primária teve relação direta com o tempo de sobrevida dos pacientes ou causa específica de mortalidade. O levantamento foi aplicado em 2018 e analisou dados de 3142 condados americanos, 7144 áreas de serviço de saúde primária e 306 hospitais regionais de referência em APS entre 2005 e 2015. Os resultados foram divulgados em fevereiro de 2019 no periódico JAMA Network.

Resultados

Com base em modelos de regressão ajustados por multivariáveis, os pesquisadores concluíram que o acréscimo de 10 médicos da Atenção Primária por 100 mil habitantes foi associado a um aumento de 51,5 dias na expectativa de vida (IC 95% [29,5-73,5 dias]; elevação de 0,2%), enquanto o acréscimo de 10 médicos especializados por 100 mil habitantes o índice foi de 19,2 dias a mais na expectativa de vida (IC 95% [7,0-31,3 dias]). No geral, a cada 10 médicos da APS adicionais por 100 mil habitantes houve redução de 0,9-1,4% no risco cardiovascular, câncer e mortalidade por doenças respiratórias.

Devido ao crescimento populacional, apesar de haver o aumento no número de médicos da Atenção Primária, a proporção por número de habitantes foi menor, principalmente nas áreas rurais. Porém o estudo indica que uma maior inserção dos profissionais de saúde de atuam na APS foi essencial para a população.

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