Aumenta cobertura da Tríplice Viral no país

No último dia 8 de maio, o Ministério da Saúde publicou nota informando que, os dados até aquele dia, mostravam 22 estados com aumento na cobertura vacinal da Tríplice Viral (que protege contra Sarampo, Caxumba e Rubéola) em 2024. No cálculo geral, o país está próximo da meta de cobertura (95%), com 93%.

Em 2022, o Brasil só havia atingido 80,7% de cobertura para a primeira dose da Tríplice Viral, e em 2023 apresentou um crescimento pequeno, para 86,9%.

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Ainda segundo a pasta ministerial, neste ano, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo já ultrapassaram a meta de 95% e Santa Catarina (94%), Piauí (93%), Amapá (91%) e Espírito Santo (90%) estão próximos de atingir o mesmo patamar.

De acordo com os dados do Ministério, alguns estados não registraram cobertura acima de 70% nos anos anteriores. Contudo, este ano, demonstram aumento significativo, por exemplo, o Ceará passou de 67% para 90%.

Alguns estados têm bases de dados próprias e as atualizações não ocorrem no mesmo ritmo. Assim, o governo espera resultados ainda melhores quando a rede nacional for atualizada. Isso também é válido para as informações referentes a 2023, que podem sofrer alterações até o segundo semestre de 2024.

Sarampo

Nos últimos anos, os casos de sarampo aumentaram por todo mundo. A OMS estima que 142 milhões de crianças estejam vulneráveis ao sarampo por não terem sido vacinadas. Dessas, 62% vivem em países de baixa e média renda.

“É por isso que retomar as altas coberturas vacinais é tão importante. Queremos manter nossas crianças e jovens seguros sem as sequelas desta grave infecção, como ocorre em países da Europa e Estados Unidos, por exemplo”, reforçou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Em 2023, a Europa registrou 58 mil infecções pelo vírus em 41 países.

Atualmente, o Brasil passa por processo de recertificação de país livre de sarampo. Ele possuía esse título até que o vírus passou a circular novamente em território nacional em 2018. Em janeiro de 2024 houve registro de um caso no Rio Grande do Sul. Entretanto, verificou-se que foi importado por um paciente vindo do Paquistão (onde a doença é endêmica)

“A retomada das altas coberturas vacinais protege a população brasileira, inclusive em cenários como esse, uma vez que impede a transmissão interna do vírus no país mesmo com o registro de casos importados”, explicou o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti.