10 fatos sobre segurança do paciente: um problema de saúde pública
A segurança do paciente é um grande problema em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). A questão é tão preocupante que a OMS considera um problema de saúde pública, e divulgou dez pontos importantes sobre o tema. Entender quais são os problemas principais e que medidas vem sendo tomadas é essencial …
A segurança do paciente é um grande problema em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). A questão é tão preocupante que a OMS considera um problema de saúde pública, e divulgou dez pontos importantes sobre o tema. Entender quais são os problemas principais e que medidas vem sendo tomadas é essencial para que os médicos e clínicas possam pensar em soluções e promover ações voltadas para isso.
- Segundo os dados, um a cada dez pacientes pode sofrer algum dano em hospitais de países desenvolvidos. Isso acontece por algum erro ou evento adverso.
- A cada cem pacientes hospitalizados em países desenvolvidos, sete sofrerão alguma infecção associada ao cuidado de saúde (IACS); nos subdesenvolvidos esse número sobe para 10. A média mundial é 14 de cem pacientes.
- Mesmo que exista mais de 1,5 milhões de aparelhos médicos, a maior parte da população mundial não tem acesso aos dispositivos apropriados. Estima-se que mais da metade dos países de baixa e média renda não possui uma política nacional de tecnologia e saúde que faça com que os recursos sejam adquiridos e utilizados para facilitar e agilizar a prática médica.
- A cirurgia exige uma equipe médica eficiente, já que é o tratamento mais delicado e com maior risco de complicações. A estimativa é que 234 milhões de abordagens cirúrgicas sejam realizadas anualmente em todo o mundo.
- A OMS estima que cerca de 20 a 40% dos gastos com saúde são desperdiçados por falta de administração correta ou cuidados de má qualidade.
- A saúde tem um histórico de segurança pior que áreas de grande risco, como aviação e indústrias nucleares. Em atendimentos médicos, um a cada 300 pacientes pode ser prejudicado, enquanto em uma aeronave a média é de um em 1 milhão.
- Envolvimento da comunidade médica, da população em geral e do próprio paciente são a chave para o fortalecimento da segurança na saúde. Identificar os problemas e necessidades, buscar soluções e avaliar os resultados, participando ativamente, colaboram para um melhor funcionamento da prática médica.
- É fato que a segurança e qualidade do paciente fazem parte de uma dimensão crítica da cobertura de saúde. Por esse motivo, desde 2004, o Programa de Segurança do Paciente da OMS está se fortalecendo em cerca de 140 países, procurando soluções para essa questão.
- A insegurança nas injeções diminuíram 88% entre os anos 2000 e 2010. Os principais indicadores mostram que houve avanços na taxa de reutilização (5,5% em 2010), e redução do número de injeções por pessoa por ano (2,88 em 2010).
- Parceria entre hospitais e clínicas pode ser outra forma de solução. Promover um intercâmbio técnico entre os profissionais de saúde proporcionam aprendizagem e desenvolvimento, que podem levar a soluções, ações, e diversas outras questões que fazem com que o sistema de saúde evolua e melhore sempre mais.
Vale lembrar que muitos dos problemas podem ser resolvidos ou diminuídos com atitudes simples, como a própria higiene do profissional. A estimativa é que cerca de 50% das complicações cirúrgicas e das infecções hospitalares podem ser evitadas com esse tipo de cuidado. Outras medidas também podem ser pensadas em conjunto para que a prática médica seja cada vez melhor. E aí? O que você faz para garantir a segurança dos seus pacientes?
Referências:
- https://www.who.int/features/factfiles/patient_safety/patient_safety_facts/en/
- Site do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente. Dez verdades sobre segurança do paciente, segundo a OMS.
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