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Comumente, ao se deparar com pacientes cuja dor crônica fecha critérios para fibromialgia, o médico assistente tem dificuldade em iniciar o manejo clínico. Afinal, são pacientes crônicos, geralmente com limitação da qualidade de vida e que já realizaram outros tratamentos.
De acordo com o Consenso Brasileiro do Tratamento de Fibromialgia, de 2010, o tratamento desses pacientes é dividido entre medidas farmacológicas e não farmacológicas.
Dentre as medidas farmacológicas, têm nível A de evidência o uso de antidepressivos tricíclicos, fluoxetina em alta dose (maior que 40mg/dia) e ciclobenzapina. A associação de antidepressivos tricíclicos e fluoxetina possui nível de evidencia B, e alguns pacientes se beneficiam bastante.
Outras drogas menos utilizadas também possuem benefício, como duloxetina, milnaciprano e moclobemida. Para melhora do sono, zolpidem é uma opção melhor que trazodona ou outros benzodiazepínicos.
É importante que o médico use drogas que saiba manejar, esteja atento a efeitos colaterais e se mantenha aberto ao diálogo com o paciente, para que as doses sejam ajustadas de acordo com seu bem estar.
Já em relação a medidas não farmacológicas, a realização de atividade aeróbica de moderada intensidade de 2 a 3 vezes por semana é o que mais se mostra benéfico, com grau de evidência B. Outras atividades como programas de alongamento, pilates, e terapia cognitivo comportamental tem impacto em poucos pacientes, e deve ser avaliado as comorbidades que possui e como essas atividades se encaixam em sua vida antes de indica-las.
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Referências:
- Consenso Brasileiro de Tratamento de Fibromialgia, 2010.
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