Em indivíduos com elevado risco familiar, quais são os fatores que levam ao primeiro aparecimento de transtorno depressivo maior na adolescência? Foi o que investigou um grupo de pesquisadores.
O transtorno depressivo maior de início precoce é comum em indivíduos com alto risco familiar de depressão e está associado a piores resultados mentais, sociais e educacionais a longo prazo.
Neste estudo longitudinal de quatro anos (abril de 2007 à março de 2011), publicado no Journal of the American Medical Association, foram analisadas 279 famílias com pais (315 mães e 22 pais) que haviam experimentado, pelo menos, dois episódios de depressão maior, com uma criança biologicamente relacionada na faixa etária de 9 a 17 anos vivendo no mesmo ambiente (197 meninas e 140 meninos; idade média de 12,4 anos).
Aproximadamente 7% dos filhos desenvolveram transtorno depressivo maior durante um seguimento médio de dois anos. Irritabilidade, medo e ansiedade no início foram associados com o desenvolvimento de depressão maior. Outros fatores de risco independentes incluíam situação econômica, adversidade psicossocial, história familiar adicional de depressão e gravidade da depressão dos pais.
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Para os autores, os resultados sugerem que irritabilidade, medo e ansiedade podem ser fenômenos clínicos adicionais a serem incluídos como metas em intervenções preventivas primárias focadas na criança.
Referências:
- Antecedents of New-Onset Major Depressive Disorder in Children and Adolescents at High Familial Risk. Rice F Sellers R Hammerton G Eyre O Bevan-Jones R et. al. JAMA Psychiatry, 2016 vol: 62 (6) pp: 593-602. DOI: 10.1001/jamapsychiatry.2016.3140
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