Já se sabe que a atividade física moderada a vigorosa reduz o risco de depressão em adolescentes e adultos, mas essa relação na infância ainda era desconhecida. Agora, em um novo estudo observacional, pesquisadores analisaram essa questão.
Cerca de 800 crianças na Noruega foram avaliadas quanto à depressão (medida através de entrevistas clínicas semi-estruturadas de pais e crianças) e nível de atividade física (usando acelerômetros de cintura) aos 6, 8 e 10 anos de idade. A prevalência de depressão maior foi inferior a 0,5% em todas as três idades.
Em análises ajustadas, níveis mais altos de atividade física moderada a vigorosa aos 6 e 8 anos foram associados com menos sintomas depressivos 2 anos mais tarde. Cada hora de atividade por dia conferiu uma redução de aproximadamente 0,2 nos sintomas da depressão. Comportamento sedentário, no entanto, não foi associado com depressão maior.
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Aumentar a atividade física em crianças pode servir como um método complementar para prevenir e tratar a depressão infantil. Embora os efeitos observados no estudo sejam pequenos, eles são semelhantes aos obtidos por programas de intervenção psicossocial em crianças e adolescentes.
Referências:
- Physical Activity, Sedentary Behavior, and Symptoms of Major Depression in Middle Childhood. Tonje Zahl, Silje Steinsbekk, Lars Wichstrøm. Pediatrics, January 2017.
- https://www.jwatch.org/fw112430/2017/01/09/physical-activity-tied-less-depression-young-children
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