Logotipo Afya
Anúncio
Pneumologia13 novembro 2023

Número de usuários de cigarro eletrônico chega a 2 milhões de pessoas no Brasil

O Conselho Federal de Medicina se posicionou reforçando o caráter nocivo do cigarro eletrônico pelas substâncias que ele contêm.

Por Augusto Coutinho

A comercialização, importação e a propaganda do cigarro eletrônico (dispositivos eletrônicos para fumar, vape, e-cigarete, entre outros nomes) foi proibida no Brasil em 2009 através da RDC 46/2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entretanto, pesquisa do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) apontou que entre 2018 e 2022, o número de usuários atingiu mais de 2 milhões de pessoas.

As proibições relativas aos cigarros eletrônicos foram reforçadas em julho de 2022 com a confirmação pela Anvisa das restrições impostas preventivamente em 2009 e por uma proibição direta do Ministério da Justiça dois meses depois ordenando a retirada de circulação dos produtos de 33 empresas.

O descumprimento das restrições aos produtos é uma infração sanitária, passível de punição através de multas ou interdição do estabelecimento. Mesmo assim, ainda é possível encontrar os produtos sendo comercializados tanto através da internet quanto em lojas físicas.

Saiba mais: Os perigos do novo vape de vitamina

Número de usuários de cigarro eletrônico chega a 2 milhões de pessoas no Brasil

Número de usuários de cigarro eletrônico chega a 2 milhões de pessoas no Brasil

Perigo à saúde

Os relatórios e pareceres utilizados pela Anvisa apontam várias consequências danosas à saúde em decorrência da utilização de cigarros eletrônicos não apenas pulmonares, mas também efeitos nocivos à saúde cardiovascular, gastrointestinal, neurológica, urogenital e dermatológica. Os votos para manutenção da RDC46/2009 e os relatórios e pareceres podem ser acessados por este link.

Para o Conselho Federal de Medicina, “o cigarro eletrônico possui altos índices de nicotina e de outras substâncias nocivas em sua composição, causa dependência química e pode levar milhões de pessoas ao adoecimento e à morte.”

Leia também: Uso de cigarro eletrônico durante a gravidez e baixo ganho de peso gestacional

Lei em favor dos cigarros eletrônicos

Apesar dos dados em favor da proibição, tramita no Senado Federal um Projeto de Lei da Senadora Soraya Thronicke (Podemos), que busca a liberação dos produtos. 

Em nota contra o projeto, a Associação Médica Brasileira (AMB) reforçou a informação sobre os males dos produtos, “O uso de cigarro eletrônico foi associado como fator independente para asma, aumenta a rigidez arterial em voluntários saudáveis, sendo um risco para infarto agudo do miocárdio, da mesma forma que o uso de cigarros tradicionais diários. Em estudos de laboratório, com camundongos, o cigarro eletrônico se mostrou carcinógeno para pulmão e bexiga.” 

Para a AMB, está claro que o uso de cigarros eletrônicos é prejudicial à saúde e não traz nenhum benefício.

Anúncio

Assine nossa newsletter

Aproveite o benefício de manter-se atualizado sem esforço.

Ao assinar a newsletter, você está de acordo com a Política de Privacidade.

Como você avalia este conteúdo?

Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.

Referências bibliográficas

Compartilhar artigo