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Pneumologia14 agosto 2023

Como diagnosticar um paciente com DPOC na prática? [VÍDEO]

Neste vídeo vamos falar sobre como diagnosticar um paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Este conteúdo foi produzido pela Afya em parceria com de acordo com a Política Editorial e de Publicidade do Portal Afya.

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença de grande importância e prevalência em nosso meio e deve ser reconhecida por todas as especialidades médicas, entre clínicos, cardiologistas e geriatras que frequentemente lidam com esse tipo de paciente, haja vista o perfil epidemiológico da população e os fatores de risco compartilhados com as doenças cardiovasculares, por exemplo.

A DPOC é considerada a terceira causa de óbito em todo o mundo, atingindo cerca de 10% da população mundial.  Muitas vezes subdiagnosticada, estima-se que o diagnóstico seja tardio em cerca de 85% dos pacientes, e por isso a importância de ser reconhecida por outras especialidades médicas, desde a atenção primária à saúde até níveis mais avançados de assistência ao paciente1. A doença frequentemente acomete adultos e idosos, de ambos os sexos, com histórico de tabagismo e é considerada fator de risco para inúmeras comorbidades, como a insuficiência cardíaca, a fibrilação atrial, o diabetes mellitus e a hipertensão pulmonar, levando a um impacto considerável nos sistemas de saúde e na vida dos pacientes. Além disso, a doença arterial coronariana, que pode ser encontrada em diversos casos, é a principal causa de óbito dessa população e apresenta fatores de risco comuns à DPOC, como o próprio tabagismo, a idade avançada e o sedentarismo, piorando sintomas como intolerância ao esforço e dispneia. Dessa forma, a progressão dos sintomas leva a um ciclo de limitação física e respiratória, com aumento do risco de exacerbações e piora da qualidade de vida em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica1,2.

Os principais sintomas encontrados em um paciente com DPOC são tosse crônica, dispneia aos esforços e dor torácica. Além disso, sintomas sistêmicos como perda de peso, fadiga crônica e caquexia também podem ser encontrados em casos avançados de doença. No exame clínico pode haver sibilos inspiratórios e expiratórios, aumento do volume do tórax devido ao aprisionamento de ar, redução do murmúrio vesicular e hipoxemia em repouso ou após os esforços. O tabagismo é responsável pela maioria dos casos e o seu reconhecimento precoce é fundamental para tratar e impedir a progressão da doença. Outros fatores de risco relativamente frequentes incluem a exposição à poluição ambiental e queima de biomassa3.

O diagnóstico baseia-se na história clínica, abordando na anamnese a presença de fatores de risco e os sintomas apresentados pelo paciente. Entre os exames que auxiliam no diagnóstico da doença, a espirometria (ou prova de função pulmonar) é caracterizada por obstrução ao fluxo aéreo, com ou sem resposta ao broncodilatador, o que pode corroborar o diagnóstico. A principal variável da espirometria utilizada para classificação de gravidade da DPOC é o volume expirado no primeiro segundo da manobra, o VEF1. Pela classificação da Global Initiative For Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD 2023), pacientes com VEF1 menor que 30% do previsto são considerados muito graves, aqueles entre 30 e 50% podem ser classificados como graves, entre 50 e 80% moderados e os que possuem VEF1 acima de 80% representam casos leves da doença. Além da classificação funcional, a nova diretriz também classifica esses pacientes nos grupos A, B e E, conforme a quantidade de sintomas e exacerbações. Pacientes do grupo A são pouco sintomáticos e não exacerbadores, pacientes do grupo B são mais sintomáticos, enquanto pacientes do grupo E são os que apresentam duas ou mais exacerbações no ano, simples assim!2 Reconhecer os grupos da doença é fundamental para a estratificação do risco e tratamento adequado desses pacientes.

Na radiografia de tórax é possível encontrar a hiperinsuflação torácica, aumento dos espaços intercostais e rebaixamento do diafragma, além da presença de enfisema ou bolhas na tomografia de tórax. Entre as etapas do manejo inicial da doença, a cessação de tabagismo é essencial para impedir a progressão do quadro. Além disso, atualmente, a terapia broncodilatadora parece ser a mais aceita pelos pacientes, sobretudo pela redução de sintomas, impacto na qualidade de vida e redução de exacerbações3,4.

Nesse contexto, identificar, classificar e tratar a doença corretamente é fundamental para evitar sua progressão, sendo o reconhecimento precoce por diversos profissionais e especialidades médicas de grande importância. Nos últimos anos, as terapias broncodilatadoras, assim como o melhor manejo das exacerbações e a reabilitação, foram capazes de reduzir exacerbações e aumentar a sobrevida de pacientes com DPOC.

 

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