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Ortopedia27 setembro 2022

Quais são os resultados do tratamento conservador das fraturas de olécrano em idosos? 

Foi publicado um estudo com o objetivo de revisar o manejo não cirúrgico das fraturas do olecrano na população de pacientes idosos.

As fraturas de olécrano são comuns, acometendo principalmente idosos após quedas. O tratamento clássico é a fixação cirúrgica dessas fraturas, porém ultimamente tem aumentado o interesse pelo tratamento conservador. Isso se deve ao fato de pacientes mais idosos possuírem mais comorbidades e menor densidade óssea, dificultando a fixação cirúrgica. 

Além disso, na literatura são escassos os trabalhos na literatura abordando tratamento conservador das fraturas de olécrano. Foi publicado no último mês, na revista Hand, um estudo com o objetivo de revisar o manejo não cirúrgico das fraturas do olecrano na população de pacientes idosos, a fim de incluir protocolos de reabilitação, desfechos e complicações de casos encontrados na literatura. 

olécrano

Man is touching his back because it aches

Métodos 

Foram incluídas na revisão sistemática estudos que demonstraram resultados e complicações de tratamentos conservadores de fraturas de olecrano em indivíduos maiores de 65 anos entre 1990 e 2018. Os desfechos primários avaliados foram as médias do DASH (Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand), arco de movimento do cotovelo e complicações. Os desfechos secundários foram escore de Broberg e Morrey, taxa de consolidação, satisfação do paciente e escala visual analógica de dor. 

Foram elegíveis quatro estudos com um total de 69 pacientes com 70 fraturas com idade média de 83,8 anos (71 a 95 anos), predominância do sexo feminino de 88% e seguimento médio de 12,4 meses, submetidos a tratamento não operatório de fraturas desviadas do olécrano.  

Resultados 

Enquanto apenas 25% das fraturas evoluíram para consolidação radiográfica, a média do DASH foi de 16,9 (0-59,6), o arco de movimento médio foi de 138 graus e 92% dos pacientes alcançaram excelentes resultados. Um quarto (26%) dos pacientes apresentou complicações: subluxação da cabeça do rádio (1), ferida na pele (1), artropatia degenerativa (1), dor ao movimento (2), clique no movimento do cotovelo (5) e dor local (8).

Leia também: Quais são as percepções dos ortopedistas sobre exposição à radiação?

Mensagem prática 

Os resultados da revisão sistemática demonstraram uma alta taxa de não consolidação, apesar de bons resultados funcionais e baixa taxa de complicações graves. O cirurgião deve ter em mente que o tratamento pode ser instituído quando o paciente é idoso, tem muitas comorbidades e há elevado risco cirúrgico.

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Referências bibliográficas

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