As fraturas intertrocantéricas são frequentes entre as fraturas do quadril, podendo corresponder a quase metade dessas e podem ser tratadas com implante intra (haste) ou extramedular (DHS). A escolha pelo tratamento é baseada no tipo de fratura e a medida da parede lateral é extremamente importante para a decisão. Acredita-se que uma parede lateral com menos de 20,5mm pode levar a uma fratura secundária caso um DCS seja utilizado.
Foi publicado esse mês na revista Bone and Joint Open um estudo, com o objetivo de validar se pacientes com fraturas transtrocantéricas de fêmur com parede lateral incompetente (< 20,5 mm) tiveram aumento do risco de revisão - após a fixação com DHS quando o calcar medial estava intacto.
O estudo
Foi um trabalho retrospectivo e incluiu pacientes de 50 anos ou mais com fraturas transtrocantéricas de fêmur operados em três anos em um hospital em Edinburg. Os critérios de inclusão foram:- Pacientes com 31-A1 e 31-A2 tratados com fixação DHS;
- Parede femoral lateral intacta em radiografias pré e intraoperatórias;
- Córtex intacto do calcar medial após redução da fratura intraoperatória.
- Fraturas da parede lateral ou fratura do tipo 31-A3;
- Calcar medial instável;
- Outro tipo de fixação.
Conclusão
A medida da parede lateral não foi associada ao risco de cirurgia de revisão em pacientes com fraturas transtrocantéricas do fêmur fixadas com DHS quando o calcar estava íntegro, após ajuste para o efeito independentemente da idade. Entretanto, pacientes com parede lateral menor que 20,5 mm tiveram maior probabilidade de vir de uma casa de repouso ou hospital e ter delirium na admissão, o que foi associada a uma maior taxa de mortalidade. Leia ainda: A autoavaliação nas suspeitas de fraturas de escafoide pode ser eficaz?Como você avalia este conteúdo?
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