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Ortopedia9 janeiro 2023

Como deve ser o manejo do polegar em gatilho congênito?

Um estudo forneceu dados demográficos e tendência de cirurgia para tratamento de polegares em gatilho pediátricos em uma única instituição.

O polegar em gatilho congênito é uma condição relativamente comum com incidência de aproximadamente três casos para 1000 com um ano de idade. A patologia é causada pela desproporção entre o tamanho do tendão flexor e a polia A1 do polegar, sendo na verdade adquirida durante o desenvolvimento. Os estágios da doença podem ser descritos seguindo a classificação de Sugimoto e Watanabe. 

O tratamento pode ser cirúrgico ou conservador, dependendo da idade da criança e estágio da patologia, tendo os dois relatos de bons resultados. Foi publicado no último mês na revista “Hand” um estudo com o objetivo de fornecer uma atualização sobre a dados demográficos e tendência de cirurgia para tratamento de polegares em gatilho pediátricos durante um período de 20 anos em uma única instituição. O objetivo secundário era determinar quais fatores foram associados à conduta conservadora ou cirúrgica. 

Quais são as causas de ruptura espontânea do tendão extensor longo do polegar?

Quais são as causas de ruptura espontânea do tendão extensor longo do polegar?

O estudo

Todos os pacientes acompanhados com polegar em gatilho pediátrico por dois cirurgiões de mão em um hospital em Pittsburg entre 1º de janeiro de 2000 e 31 de agosto de 2021, foram revisados retrospectivamente. Os dados foram coletados, incluindo dados demográficos, lateralidade, idade do paciente e estágio na apresentação, recomendações de tratamento, idade na cirurgia (se realizada) e complicações. A comparação foi feita com base na faixa etária (<dois anos, dois a cinco anos e > cinco anos).  

Um total de 381 pacientes (468 polegares) foram identificados. A idade média na apresentação foi de 3,1 anos, 76% estavam bloqueados no estágio IV e 78% foram operados. Pacientes com menos de dois anos eram mais propensos a ter envolvimento bilateral e ter tratamento conservador recomendado antes da cirurgia.  

Aqueles com menos de cinco anos eram mais propensos a apresentar evolução para estágio IV. Os pacientes que apresentavam um polegar em gatilho estágio IV e tiveram um tratamento alternativo inicial foram mais propensos a passar por cirurgia. A taxa total de complicações foi de 5,3%.

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Na prática

A indicação de cirurgias em crianças deve sempre ser vista com cautela devido ao risco cirúrgico e anestésico inerente. Portanto, sempre que possível, um tratamento conservador eficaz pode e deve ser investido. No caso dos polegares em gatilho congênitos, recomenda-se a intervenção cirúrgica precoce, em vez de observação ou imobilização, para pacientes com polegares em gatilho estágio IV, quando a cirurgia tem chance muito maior de solução.

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Referências bibliográficas

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