Esta semana, falamos no Portal PEBMED sobre o uso da ressonância em pacientes com mamas densas. Por isso, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, vamos falar sobre o estadiamento do câncer de mama.
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Os exames a serem solicitados para completar o estadiamento dependem do tamanho da lesão/presença de linfonodos acometidos e presença de sintomas.
Exames complementares:
- Pacientes com tumores menores de 2 cm não necessitam de exames complementares;
- Pacientes com tumores de até 5 cm ou tumores de até 2 cm com linfonodos axilares móveis podem ser estadiadas apenas com cintilografia óssea, radiografia de tórax e ultrassonografia de abdome;
- Pacientes com tumores maiores de 5 cm devem ser estadiados com tomografias de tórax, abdome e pelve e cintilografia óssea. Considerar PET-CT nesse cenário. Quando há expressão de HER2 ou se o tumor for triplo negativo, solicitar ressonância magnética de crânio;
- Pacientes com suspeita de linfonodo axilar comprometido devem ser submetidas à ultrassonografia + punção aspirativa por agulha fina (PAAF) para confirmação de metástase linfonodal;
- Em pacientes com doença metastática, solicitar marcador tumoral CA 15,3.
Estadiamento
Existem 3 tipos de estadiamentos: anatômico, prognóstico clínico e prognóstico patológico. O estadiamento anatômico se baseia em características como tamanho da lesão, presença de metástases linfonodais ou à distância. O estadiamento prognóstico, além dessas características, leva em consideração o grau histológico do tumor, status de receptores hormonais e HER2, e testes genômicos. O estadiamento anatômico é mundialmente reconhecido e fácil de se aplicar. Os estadiamentos prognósticos dependem de testes mais sofisticados e no cenário atual podem auxiliar em decisões mais difíceis de tratamento (fazer ou não adjuvância, por exemplo).
Estadiamento Clínico
- T → Tumor
-
- Tx: Tumor não avaliável;
- T0: Sem evidência de tumor;
- Tis (CDIS): Carcinoma ductal in situ;
- T1 ≤ 20mm (T1a > 1 e ≤ 5mm; T1b > 5 e ≤ 10mm; T1c > 10 e ≤ 20mm);
- T2: > 20 e ≤ 50mm;
- T3 > 50mm;
- T4: Extensão para parede torácica e/ou pele;
- T4a: Extensão para parede torácica;
- T4b: Ulcerações, nódulos satélites ou edema de pele;
- T4c: T4a+T4b;
- T4d: Carcinoma inflamatório.
- N → Linfonodo
- Nx: Não avaliável;
- N0: Sem metástase linfonodal;
- N1: Linfonodos axilares ipsilaterais móveis;
- N2: Linfonodos axilares ipsilaterais fixos ou linfonodos em mamária interna sem acometimento axilar;
- N3: Linfonodos infraclaviculares ipsilateral (com ou sem linfonodo axilar), linfonodo na mamária interna ipsilateral (com linfonodo axilar) ou linfonodo supralcavicular.
- M → Metástase
- M0: Sem metástase à distância;
- M1: Metástase à distância.
Estadiamento Anatômico
- IA: T1N0M0;
- IB: T0N1miM0 ou T1N1miM0;
- IIA: T0N1M0, T1N1M0 ou T2N0M0;
- IIB: T2N1M0 ou T3N0M0;
- IIIA: T0N2M0, T1N2M0, T2N2M0, T3N1M0 ou T3N2M0;
- IIIB: T4N0M0, T4N1M0 ou T4N2M0;
- IIIC: qqTN3M0;
- IV: qqTqqNM1.
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