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Oncologia12 março 2024

Ministério da Saúde investe mais de 200 milhões para pesquisa do câncer

Inca, USP e Hospital Albert Einstein estão entre as instituições que conduzem estudos com Terapia CAR-T Cell.
O Ministério da Saúde destinou 205,2 milhões às pesquisas sobre terapia celular CAR-T Cell em instituições como o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a Universidade de São Paulo (USP), o Hospital Albert Einstein, entre outras. Composto por meio de recursos próprios e de renúncia fiscal, o aporte visa ajudar a garantir à população mais carente acesso a tratamentos inovadores contra o câncer.  Dos 24 projetos das 12 instituições que receberam apoio e recursos da pasta, 22 estão em andamento e dois já foram concluídos, de acordo com o Ministério.  

Registro nacional 

As terapias CAR-T Cell registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são aprovadas para comercialização no mercado brasileiro, porém não estão disponíveis no âmbito do SUS. Atualmente, elas são destinadas ao tratamento de leucemia linfocítica aguda de células B, linfomas, leucemia linfoblástica aguda e mieloma múltiplo. No entanto, há estudos em andamento com objetivo de testar a sua eficácia no tratamento de outros tipos de cânceres.  Leia mais: Governo Federal anuncia aporte de 393 milhões em nova fábrica de imunoglobulina  

Segurança 

As principais preocupações de segurança do produto são com a síndrome de liberação de citocinas (SLC), que pode causar febre alta e sintomas como os da gripe, infecções e encefalopatia, podendo ser fatais, em alguns casos. Toxicidade neurológica, citopenia prolongada e infecções graves estão entre as maiores causas de preocupação com a segurança da terapia.  As estratégias de monitoramento dos possíveis efeitos secundários fazem parte do plano de gerenciamento de risco definido no processo de registro na Anvisa, com medidas de responsabilização que deverão ser providenciadas para o sucesso da terapia no Brasil. 

Funcionamento 

A tecnologia celular CAR-T é um tipo de imunoterapia que utiliza linfócitos T, que são retirados do paciente e isolados. Em seguida, são ativados e programados para conseguirem identificar e combater o câncer e, por fim, são reinseridos no organismo do indivíduo. A terapia é feita por meio de infusão intravenosa e todo o processo pode durar até dois meses. 

Público-alvo 

A terapia com células CAR-T está disponível no Brasil como tratamento de caráter experimental para pacientes com leucemia linfoblástica aguda de células B, linfoma e linfoma não Hodgkin. Para ser elegível a receber essa terapia, que ainda é de alto custo, é necessário que o paciente atenda aos critérios estabelecidos para participação nos estudos clínicos, e busque uma das instituições de pesquisa que conduza estudos utilizando a terapia. Ouça ainda: Leucemias agudas no pronto atendimento [podcast]  *Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal. 
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Referências bibliográficas

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